CFP: Cadernos do CEIL

Ao longo da sua existência, o ser humano, nas suas várias manifestações, confronta-se com a ausência: a ausência de alguém ou de algo, de saúde, de uma palavra, uma ideia ou uma teoria. 

Seja a ausência «um estar em mim» (Carlos Drummond de Andrade) ou o que se torna presente pela memória (Santo Agostinho), é Jacques Derrida que a apresenta como uma face da dupla do jogo presença-ausência, ou ainda como «absence irréductible dans la présence de la trace». Neste sentido, qual é o lugar da ausência no complexo jogo semiológico que preside à representação? Qual será a sua pertinência e função no próprio processo de criação e de transformação da imagem (seja ela mental, visual ou simbólica)?

É nesta noção de rasto presente que radica o conceito fundamental de Ausência para o Imaginário. Pretende-se assim partir desta dualidade substantiva para uma reflexão mais alargada em torno do conceito que servirá de título ao próximo número dos Cadernos do CEIL.

O 3.º número dos Cadernos do CEIL – Revista multidisciplinar de Estudos sobre o Imaginário convida os investigadores dos vários domínios científicos e das várias disciplinas a enviarem a sua colaboração sobre este conceito fundamental do Imaginário (nas suas múltiplas vertentes e manifestações – ver linhas de reflexão possíveis), enviando os seus contributos para cadernos_ceil@fcsh.unl.pt até ao dia 31 de julho de 2015.

Os textos deverão respeitar as normas editoriais da revista e ser acompanhados por uma breve nota biobibliográfica do autor e um breve resumo (em português e em inglês). Algumas linhas de reflexão possíveis:

O conceito de Ausência;
Ausência e representação;
A ausência na literatura e nas artes;
A filosofia da Ausência.

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