O Colóquio João Botelho: “Filmo um texto como se fosse um rosto” realiza-se nos dias 23 e 24 de setembro no Colégio Almada Negreiros.
Tanto a literatura como o cinema inventam territórios onde as margens entre ficção e realidade oscilam em areias movediças, onde os limites da linguagem estão a ser postos em causa. O cinema de João Botelho empenha-se em procurar esses ângulos novos para pensar a realidade, para inventar novos mapas do sentir, novos modos de perceção, novas subjetividades.
Botelho encontrou, nos textos literários e nas obras de vários artistas plásticos, as palavras e as imagens que concretizavam o destino da obra de arte moderna, isto é, que recusavam o paradigma da representação e a relação entre modelo e cópia que este pressupõe, e se votavam antes a uma experimentação livre que visava atingir uma vida mais plena, mais intensa.