O estado das coisas: Movimentos incertos do presente

Realiza-se no próximo dia 18 de fevereiro o seminário aberto O estado das coisas: Movimentos incertos do presente.

O evento organizado pela investigadora Golgona Anghel realiza-se online e conta com a participação de um grupo de leitura com alunos do mestrado e do doutoramento em Estudos Portugueses da NOVA FCSH. Programa completo do evento aqui.

“Temos uma mensagem comum, acabaremos por nos encontrar.” – ouve-se no início do filme de Wim Wenders, O Estado das Coisas. Mais do que uma reflexão sobre um estado, uma condição – a de reféns num hotel à beira-mar -, o filme de Wenders é uma reflexão sobre um processo, sobre como “fazer coisas” no limite do inexequível, isto é, como filmar, como pensar quando tudo fica em suspenso? O que move um pensamento? O que produz? Que forma de interrupção, que força, que acção? Que tipo de vida o atravessa? “Perguntar é caminhar” – garante João César Monteiro. “Onde e como encontrar?”, “De onde vem?”, “Para onde vai?” são interrogações recorrentes que abrem e desviam caminhos na sua obra.

Mas como formular as próprias perguntas? Como caminhar sem cair na tentativa de uma resposta imediata? Como demorar-se na dúvida? Como continuar sem começar? Como fazer do pensamento um exercício das margens, uma maneira de permanecer no limbo, num estado intermédio, larvar? Como não perder-se? Ou então, como expor-se à alienação e fazer da perda um exercício de experimentação? O que nos (co)move quando tudo arde?

Para assistir clique aqui.

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