Romanceiro.pt

 

Romanceiro.pt é uma plataforma digital que tem como missão acolher vários projetos de estudo e disseminação da balada ibérica em Língua Portuguesa.

Na sua génese, o Arquivo do Romanceiro Português alberga dois núcleos documentais: o Arquivo do Instituto de Estudos sobre o Romanceiro Velho e Tradicional. Versões Inéditas, constituído pelo arquivo sonoro do Romanceiro e suas transcrições em papel, e o Arquivo Geral do Romanceiro Português. Versões editadas (1828-2000), constituído por versões em papel. Atualmente, acolhe cerca de 6.000 versões de romances de tradição oral moderna portuguesa publicadas entre o século XIX e o século XXI e mais de 3.500 versões inéditas em 660 horas de gravação, fruto de recolhas levadas a cabo em território nacional desde 1980. No total, disponibilizam-se perto de 10.000 versões de romances, em suporte de ficheiro de imagem e/ou sonoro.

Em 2013 iniciou-se o processo de digitalização dos núcleos documentais do Arquivo do Romanceiro Português, ao abrigo do projeto “O Arquivo do Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna (1828-2010): sua preservação e difusão”. Através de uma parceria entre a Fundação Manuel Viegas Guerreiro e o Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do “Concurso de Recuperação, Tratamento e Organização de Acervos Documentais” (2013), pode finalmente dar-se um passo decisivo na salvaguarda e promoção do Arquivo do Romanceiro Português.

Com a disponibilização deste arquivo em rede, tornou-se acessível tanto ao público especialista como ao grande público um conjunto de grande valor cultural, que alberga perto de 14.000 imagens de documentos de grande relevo no âmbito da literatura patrimonial portuguesa.

Em 2017, a plataforma Romanceiro.pt ganhou a identidade visual que tem atualmente e em 2018 foi apresentada a nova versão da base de dados que constitui o primeiro passo para a constituição do Arquivo do Romanceiro em Língua Portuguesa, desiderato que o projeto assume a partir de agora. Na fase atual de desenvolvimento, o projeto visa os seguintes objetivos:

  1. Ampliação e atualização do corpus romancístico do Arquivo do Romanceiro Tradicional em Língua Portuguesa, com especial ênfase na tradição oral brasileira;
  2. Implementação de novas metodologias filológicas e de edição da poesia tradicional;
  3. Investigação com vista à implementação de uma experiência de navegação mais intuitiva nas bases de dados alojadas;
  4. Preservação e curadoria dos dados gerados e estudo de formas de interoperabilidade com plataformas conexas;
  5. Difusão do conhecimento gerado junto da comunidade científica e do público em geral acerca do Romanceiro Tradicional.

O projeto tem como coordenador Pere Ferré e como responsável científica Sandra Boto. A equipa conta ainda comJuan Manuel Escribano, Mirian Tavares, Bruno Belmonte, Ana Luísa Lauria, Teresa Araújo, Alvanita Almeida, Ana Sirgado and Álvaro Piquero. A equipa inclui especialistas da área da informática, da comunicação de ciência, das ciências da informação e da filologia, que atuam nas diferentes vertentes enunciadas nos objetivos, desenvolvendo as tarefas, materiais ou consultoria previstos.

Portugal foi o primeiro país a possuir um grande inventário de uma tradição baladística, e com ele novas metodologias filológicas têm vindo a ser esboçadas, em trabalhos académicos de mestrado e doutoramento, nacionais e internacionais. Na realidade, a consulta dos arquivos que romanceiro.pt acolhe contribui para uma visão sistemática e organizada desta forma poética em Portugal, mas também na compreensão da baladística como fenómeno universal. Romanceiro.pt transforma, deste modo, a tradição oral portuguesa na rama do romanceiro pan-hispânico melhor representada digitalmente, tanto do ponto de vista do acesso às versões como de metodologias e ferramentas de trabalho do âmbito da filologia digital.

O projeto conta com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian (2013-2014), do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (2014-2020), do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (2020-) e do Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual da FCT [CEECIND/00058/2018]. Tem ainda como parceiro a Fundação Manuel Viegas Guerreiro.

Publicações no âmbito do projeto:

Boto, Sandra e Bruno Belmonte (2020), “O Romanceiro ibérico no Brasil: um património da Língua Portuguesa em ambiente digital”, Journal of Digital Media & Interaction, vol. 3, No. 7, (2020), pp. 161-177.

Boto, Sandra (2019), “Os nacionalismos ibéricos nos estudos sobre o romanceiro tradicional” en Cristina Martínez Tejero y Santiago Pérez Isasi (eds.), Perspetivas críticas sobre os estudos ibéricos, Biblioteca Rassegna iberística, Venezia, Edizioni Ca’Foscari, pp. 153-173. DOI 10.30687/978-88-6969-323-6/006

Boto, Sandra (2017). “O subsídio de José Pedro Martins Barata para a divulgação do Romanceiro Português”. Portugal: Colibri. Associação Cultural de Montalvão “Vamos à Vila”,

Boto, Sandra (2016). “Para a história da edição do romanceiro no Algarve: protagonistas, textos, suportes e uma falsa questão”. In Promontoria Monográfica História do Algarve 03. Apontamentos para a História das Culturas de Escrita: da Idade do Ferro à Era Digital, 313-334. Portugal: Centro de Estudos em Património, Paisagem e Construção.

Boto, Sandra; Ferré, Pere; Tavares, Mirian (2014). “Projeto “O arquivo do romanceiro português da tradição oral moderna (1828-2010): sua preservação e difusão”” Actas das VII Jornadas de Investigação do CIAC. Faro, Portugal: CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação.

Bibliografia recomendada:

Boto, Sandra e Bruno Belmonte (2020), “O Romanceiro ibérico no Brasil: um património da Língua Portuguesa em ambiente digital”, Journal of Digital Media & Interaction, vol. 3, No. 7, (2020), pp. 161-177.

Boto, Sandra; Ferré, Pere; Tavares, Mirian (2014). “Projeto “O arquivo do romanceiro português da tradição oral moderna (1828-2010): sua preservação e difusão”” Actas das VII Jornadas de Investigação do CIAC. Faro, Portugal: CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação.

Ferré, Pere (2000, 2001, 2003 e 2004), Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna. Versões publicadas entre 1828 e 1960, vol. I a IV, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Ferré, Pere e Cristina Carinhas (2000), Bibliografia do Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna (1828-2000), Madrid, Instituto Universitario Seminario Menéndezn Pidal, Universidad Complutense de Madrid.

Tríptico do projeto aqui.

Ruy Cinatti, etnógrafo e poeta

 

O projeto Ruy Cinatti, etnógrafo e poeta tem como missão estudar e divulgar o trabalho de Ruy Cinatti, articulando a sua investigação etnográfica, em Timor Português, com os vetores da sua criação literária que se cruzam com a sua experiência pessoal da tradição oral timorense.

O projeto surge do conhecimento do espólio inédito de Ruy Cinatti, por parte de Lúcio Sousa, investigador responsável do projeto, identificado aquando de pesquisa prévia na área da antropologia/etnografia. Este tem como objetivos:

1. Identificação, transcrição e tradução para o português de recolhas realizadas por Ruy Cinatti em Timor Português nos anos cinquenta e sessenta do século XX;
2. Edição de livro comentado sobre recolhas de tradição oral Kemak e Bunak, em português, efetuado pelo autor, cruzando esta com a sua produção de cariz literária, sobretudo poesia sobre Timor;
3. Redação de artigos a submeter a revistas da especialidade;
4. Realização de dois seminários: um em Díli e outro em Lisboa.

A equipa é composta por investigadores de várias áreas disciplinares, permitindo assim convocar metodologias das áreas da antropologia/etnografia e da literatura. Será efetuado trabalho de arquivo, recolha de testemunhos e pesquisa etnográfica em Timor Leste.

O projeto diferencia-se pelo (1) corpus a trabalhar, ainda inédito e que terá de ser transcrito e, em alguns casos, traduzido para português e (2) pelo caráter inter e multidisciplinar do estudo, cruzando etnografia e literatura. É financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas até 30 de setembro de 2021.

A equipa é composta por: Lúcio Sousa (Investigador responsável – Universidade Aberta, IELT – NOVA FCSH), Isabel Barros Dias (Universidade Aberta, IELT – NOVA FCSH), Paula Mendes Coelho (Universidade Aberta, CEC-FLUL, IELT – NOVA FCSH), Vicente Paulino (Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da Universidade Nacional Timor Lorosa’, CEMRI – UAb), Irta Araújo (Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da Universidade Nacional Timor Lorosa’) e Keu Apoema (Universidade Federal do Sul da Bahia).

O projeto tem como parceiros o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI – UAb) e a Unidade de Produção e Disseminação do Conhecimento do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Nacional de Timor Lorosae (UNTL).

Publicações do projeto:
Dias, I. (2023). Poética Medieval galego-portuguesa revisitada em Um cancioneiro para Timor, de Ruy Cinatti.  In A. Machado (Coord.). Medievalismo literário português em contexto europeu (pp.119-146). Imprensa da Universidade de Coimbra. http://monographs.uc.pt/iuc/catalog/book/410

Apoema, K., Vicente, P. & Sousa, L. (Org.). (2021) Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste. Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 162p. https://2020.tlsa.pt/images/uploads/volume3.pdf 

Apoema, K. (2021). Eu, um homem como o timorense: a construção de um percurso etnográfico e poético no território do sagrado. In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.147-162). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 

Araújo, I. (2021). Timorense, homem como “eu” numa hermenêutica cinattiana. In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.91-109). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 

Dias, I. (2021). Em diálogo com “O Timorense”: Um Cancioneiro para Timor, ponte poética entre o oriente e o ocidente.  In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.111-125). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 

Paulino, V. e Gomes, N (2021). Ruy Cinatti em Fohorem, o livro sacralizado e o pacto de sangue.  In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.67-89). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT.

Sousa, L. (2021). Ruy Cinatti e Timor: a tese (in) acabada em antropologia. In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.127-145). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT.

Sousa, L. (2020) Cinatti, Ruy; Almeida, Leopoldo de; Mendes, Sousa (1987), Arquitectura timorense. e-cadernos CES [Online], 33 | 2020. 142-148. DOI: https://doi.org/10.4000/eces.5328 

Bibliografia recomendada:
Castelo, C. (2017). “A abertura de ‘Timor Português’ à antropologia social no colonialismo tardio: o papel de Ruy Cinatti”. Anuário Antropológico, 17. p.83-107.

Castelo, C. (2017a). “Ruy Cinatti, the French–Portuguese Mission and the construct of East Timor as an ethnographic site”. History and Anthropology. Volume 28, 2017 – Issue 5. p. 630-652.

Cinatti, R. (1996). Um Cancioneiro para Timor. Lisboa: Editorial Presença.

Cinatti, R. (1996). Paisagens Timorenses com Vultos. Lisboa: Relógio de Água Editores.

Cinatti, R. (1987). Motivos Artísticos Timorenses e a sua Integração. Lisboa: IICN – Museu de Etnologia.

Frias, J.M. (2016) Prefácio. In Ruy Cinatti – Obra Poética – Livro 1. Lisboa: Assírio e Alvim.

Frias, J. (2006). Retórica da Imagem e Poética Imagista na Poesia de Ruy Cinatti. Tese de Doutoramento. FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Frias, J. (2011). “Olhos novos para contemplar mundos novos”: Corografias de Ruy Cinatti. Cadernos De Literatura Comparada, (24/25).

Frias, J.  (2018). O murmúrio das imagens. Vol.2: Modos de ver [em] Ruy Cinatti. Porto : Afrontamento.

Maynard, K. Cahnmann-Taylor, M. (2010). “Anthropology at the Edge of Words: Where Poetry and Ethnography Meet”. Anthropology and Humanism, Vol. 35, Issue 1, p 2–19.

Oliveira, S.P.; Pereira, P.R. e Menezes, R.B. (2016). Para que a vida seja palavra. Dossiê Ruy Cinatti. Tamanha Poesia. Volume 1 | número 1 | jan-jun/2016.

Paulino, V.& Apoema, K. (2013). Tradições Orais de Timor Leste. Díli: Casa Apoema e Unidade de Produção e Disseminação do Conhecimento/Programa de Pós-graduação e Pesquisa da UNTL.

Ribeiro, M. (1993). Ruy Cinatti – em trânsito. Tese de Mestrado. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa.

Sousa, L. (2010). An tia: partilha ritual e organização social entre os Bunak de Lamak Hitu – Timor-Leste. Tese de Doutoramento. Lisboa: Universidade Aberta.

Stilwell, P. (1995). A condição humana em Ruy Cinatti. Lisboa: Presença.

Stilwell, P. (2001). “O Timor de Ruy Cinatti”. Revista Camões, nº 14 (Timor Lorosa’e), julho-setembro 2001.

[Imagem: Espólio Ruy Cinatti, Biblioteca Universitária João Paulo II, Universidade Católica Portuguesa]

Tríptico do projeto aqui.

Revisões literárias: a aplicação criativa de romances antigos (sécs. XV-XVIII)

 

O projeto Revisões literárias: a aplicação criativa de romances antigos (sécs. XV-XVIII) desenvolve um programa exploratório de releitura das menções a romances antigos peninsulares (género épico-lírico de origem medieval e com filiação na balada europeia) que fazem parte de obras literárias de autores portuguesa dos séculos XV-XVII, como dispositivos de criação de efeitos ideológicos, de significação, poéticos e musicais, hoje quase imperceptíveis à maior parte dos públicos, em virtude do escasso conhecimento geral do romanceiro velho.

O projeto tem como objetivos:

1) promover o exame e a expansão do conhecimento sobre o romanceiro em Portugal nos séculos XV-XVII;
2) relançar o estudo da interferência dos materiais romancísticos nos seus novos contextos literários e consequentemente
3) prover a releitura das respetivas obras-quadro, dado que os versos de romances engastados criam subtextos constitutivos destas páginas literárias.

Iniciado em janeiro de 2018 o projeto aplica métodos de moldura filológica, comparatista e intertextual, assim como ferramentas das Humanidades Digitais, desenvolvendo a sua investigação em quatro vetores fundamentais:

1) Implementação de uma base de dados, em breve disponibilizada no site do projeto, que recorre a tecnologias open source de reconhecimento internacional;
2) Pesquisa bibliográfica e análise crítica dos objetos de estudo;
3) Discussão de resultados e sistematização da informação na base de dados implementada para o efeito;
4) Preparação e apresentação (editorial e em encontros científicos) de papers e de um ebook a partir dos resultados alcançados.

O RELIT-Rom providencia uma ampla revisão do único inventário das menções a romances incorporadas nas obras de autoria portuguesa, elaborado por Carolina Michaëlis de Vasconcelos (1907-1909). Posteriormente a este catálogo, foram dados passos relevantes de atualização, graças à descoberta de novas fontes romancísticas e às novas perspetivas filológicas e dos estudos literários em geral (Asensio, 1957 e 1989; Catalán, 1969 e 1970; Dias, 1974; Ferré, 1982-1983 e 2003; Araújo, 2004a, 2004b, 2011a, 2011b, 2014 e 2015). Em todo o caso, foram trabalhos parcelares que cobriram uma parte reduzida dos romances ou das obras-quadro já inventariados pela filóloga. O projeto relança o exame e a expansão do mapeamento crítico da presença do romanceiro antigo nas letras de autoria portuguesa (e subsequentemente a preparação do arquivo digital do género em Portugal nos séculos XV-XVII), munindo-se do domínio atual das fontes antigas do género épico-lírico peninsular, aplicando ferramentas das Humanidades Digitais e afinando metodologias de base intertextual.

O RELIT-Rom é financiado pelo Programa de Estudos Avançados em Língua e Cultura Portuguesas da Fundação Calouste Gulbenkian de 2017 (Ref. 207951), pelo Instituto de Estudos de Literatura e Tradição e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. Tem ainda como parceiros o Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve.

Iniciado em janeiro de 2018, prevê-se que o projeto ultrapasse o período de investigação exploratória previsto na candidatura ao Programa da Fundação Calouste Gulbenkian. 

A equipa do projeto é constituída por Teresa Araújo (investigadora responsável), Sandra Boto, Ana Sirgado, Clara Marías e tem como consultor Pedro Ferré. Também se podem associar estudantes (mestrado) que desenvolveram recentemente ou têm ainda em curso as suas dissertações no campo de estudos do programa sob a direção de um dos membros da equipa nuclear. Nesta anel de colaboração integram-se atualmente Margarida Espiguinha, Matteo Pupillo e Ricardo Mangerona.

No seu memorando de atividades já organizadas, encontram-se as seguintes:

A) Implementação da base de dados e do site RELIT-Rom e primeiras ações de preenchimento das tabelas com os resultados da investigação filológica e de base intertextual já desenvolvida;
B) Início da Bolsa de Investigação com a duração de 6 meses (1 de julho/31 de dezembro, 2018), criada no âmbito do financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian.

Participação em encontros científicos:

A) Sandra Boto, “Patrimónios e Humanidades Digitais”, conferência proferida no âmbito do Mestrado em História e Patrimónios da Universidade do Algarve, 23 de março de 2018;
B) Teresa Araújo, “De vuelta a la entrada poética de Carlos V en Viena (Ms. 1239 de la Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra)”, VI Congreso Internacional de la Asociación Convivio para el Estudio de los Cancioneros y de la Poesía de Cancionero, Universitat d’Alacant, 23-25 de maio de 2018 [https://dfc.ua.es/es/documentos/programaconvivio2018.pdf];
C) Apresentação do Painel “El romancero antiguo en Portugal: revisiones digitales” (coordenação, Teresa Araújo) no VII Congreso Internacional de La SEMYR, “Patrimonio textual y Humanidades Digitales”, Universidad de Salamanca, 4-6 de setembro de 2018 [http://www.la-semyr.es/proximo-congreso/#1475569444950-d84d5d77-ab13];
D) Teresa Araújo, “El romancero antiguo en Portugal: proyecto de un @rchivo”;
E) Sandra Boto, “Romances viejos: nuevos medios hacia el universo digital”;
F) Ana Sirgado, “Las obras portuguesas en Romances Velhos em Portugal: revisión”;
G) Teresa Araújo, “Entremezes e romanceiro”, Encontro para a apresentação pública do Projeto de Investigação ENTRIB, “Entremezes ibéricos: inventariação, estudo e edição”, dirigido por José Camões e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (PTDC/LLT-LES/32366/2017), Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 21 de setembro de 2018, [http://www.letras.ulisboa.pt/pt/agenda/apresentacao-publica-projeto-entrib-entremezes-ibericos-inventariacao-edicao-e-estudo].

Prevê-se a consecução das seguintes ações até ao final de 2019:

A) Aperfeiçoamento da implementação da base de dados RELIT-Rom e continuação do preenchimento das tabelas, sistematizando os resultados da investigação filológica e de base intertextual;
B) Abertura online no site do Projeto da base de dados RELIT-Rom (abril, 2019).

Ações de natureza pedagógica:

A) “Joias do romanceiro antigo nos arquivos portugueses: achados e pistas de investigação”, Seminário Monográfico, área de Estudios Portugueses, Universidad de Oviedo a lecionar por Teresa Araújo (fevereiro);
B) “Seminário RELIT-Rom 1” a realizar em ambiente web (em streaming) com a participação da equipa e do consultor do Projeto, dirigido aos estudantes em formação avançada na área de literatura portuguesa da Université Lyon2, Universidade Federal do Paraná e da Universidade Nova de Lisboa (maio)

Provas académicas no âmbito do projeto:

A) Matteo Pupillo, “Las mil caras” de “La bella malmaridada” no teatro de autores portugueses do século XVI (tese de mestrado em Estudos Portugueses, Universidade Nova de Lisboa, orientada por Teresa Araújo);
B) Ricardo Filipe Afonso Mangerona, A função alusiva do romanceiro na literatura portuguesa dos séculos XV-XVII: a matéria de França (tese de mestrado em Estudos Portugueses, Universidade Nova de Lisboa, orientada por Teresa Araújo).

Publicações produzidas no âmbito do projeto:

A) Araújo, Teresa, “«Pues que a Portugal partís»: movimiento de fórmulas poéticas”, in Isabella Tomassetti et al. (coord.), Avatares y perspectivas del medievalismo ibérico, Roma (no prelo);
B) Boto, Sandra, “Nos vértices do triângulo: Carolina Michaëlis de Vasconcellos (Ramón Menéndez Pidal) e María Goyri através da correspondência” in Dimitri Almeida, Vanda Anastácio, María Dolores Martos Pérez (eds.), Mulheres em Rede / Mujeres en red. Col. “LIT ibéricas”, Münster: LIT Verlag, 2018, pp. 242-272;
C) Cid, Jesús Antonio, Sandra Boto e Pere Ferré (coord.), “Viejos son, pero no cansan”. Novos Estudos Sobre o Romanceiro, Coimbra: CLP / Fundación Ramón Menéndez Pidal (no prelo).

Bibliografia recomendada:

Araújo, Teresa (2004a): “O sentido de algumas evocações vicentinas a romances velhos”, in Portugal e Espanha: Diálogos e Reflexos Literários, Faro, Lisboa, Centro de Estudos Linguísticos e Literários, Instituto de Estudos Sobre o Romanceiro Velho e Tradicional, pp. 11-65.
——————- (2004b): “Memórias literárias portuguesas de romances sobre a perda de Alhama”, in Portugal e Espanha: Diálogos e Reflexos Literários, pp. 67-91.
——————- (2011a): “Alusões epistolares camonianas ao romanceiro velho”, in M. Calderón et al. (org.), Por s’entender bem a letra. Homenagem a Stephen Reckert, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, pp. 725-736.
——————- (2011b): “Entreditos da corte amorosa de Dom Gil”, in Maria do Rosário Pimentel e Maria do Rosário Monteiro (org.), D. Francisco Manuel de Melo. O Mundo é Comédia, Lisboa, Edições Colibri, pp. 101-113.
——————- (2014): “A alusão a romances nas letras portuguesas dos séculos XV-XVII”, Arbor. Ciencia, pensamiento y cultura, Madrid, Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Vol. 190, N.º 766, marzo-abril, pp. 1-11.
——————- (2015): “Compor com romances no Cancioneiro Geral”, in Pere Ferré, Pedro M. Piñero y Ana Valenciano (coord.), Miscelánea de estúdios sobre el romancero. Homenaje a Giuseppe Di Stefano, Sevilla, Universidad de Sevilla, CIAC-Universidade do Algarve, pp. 37-53.
Asensio, Eugenio (1957). Poética y realidad en el cancionero peninsular de la Edad Media, Madrid, Gredos (2ª ed., 1970).
——————- (1989): Cancionero musical luso-español del siglo XVI antiguo e inédito, Salamanca, Universidad de Salamanca.
Askins, A. L. F. y Infantes de Miguel, V. (2014). Suplemento al Nuevo diccionario bibliográfico de pliegos sueltos poéticos (Siglo XVI) de Antonio Rodríguez-Moñino, Vigo (Pontevedra), Edición de Laura Puerto Moro, 2014
Catalán, Diego (1969): Siete siglos de Romancero (Historia y poesía), Madrid, Gredos.
——————- (1970): Por campos del Romancero, Madrid, Gredos.
Di Stefano, Giuseppe (1967): “Popolarismo e stilizzazione: iI sarto gradazo di Gil Vicente” in Sincronia e diacronia nel Romanzero (un esempio di lettura), Pisa, Università di Pisa, pp. 91-100.
——————- (1982): “Il romancero viejo in Portugallo nei secoli XV-XVII (Rileggendo C. Michaëlis de Vasconcelos)”, Quaderni Portoghesi, 11-12, pp. 27-37.
——————- (1990): “Edición «crítica» del Romancero antiguo: algunas consideraciones”, in Enrique Rodríguez Cepeda (ed.), Actas del Congreso Romancero-Cancionero (Los Angeles, 1984), I, Madrid, Porrúa Turanzas, pp. 29-46.
——————- (2014): Romancero, edición de G. Di Stefano, Madrid, Editorial Castalia.
Dias, Aida Fernanda (1974): Motos, vilancetes, cantigas e romances glosados, Separata da Revista de História Literária de Portugal, III, Coimbra, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
——————- (1978): O Cancioneiro Geral e a Poesia Peninsular de Quatrocentos. Contactos e Sobrevivência, Coimbra, Livraria Almedina.
——————- (1998): “A temática” in Garcia de Resende, Cancioneiro Geral de Garcia de Resende, fixação do texto e estudo por Aida Fernanda Dias, V, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, pp. 109-402.
Ferré, Pere (1982-1983): “El romance Él reguñir, yo regañar en el Auto de la Sibila Casandra”, Revista Lusitana, Nova Série, N.º 3, pp. 55-67.
——————- (2003): “Breves notas sobre el teatro de Anrique da Mota y Gil Vicente”, in Maria Leonor Machado de Sousa et al. (org.), Em Louvor da Linguagem. Homenagem a Maria Leonor Carvalhão Buescu, Lisboa, Colibri, pp. 97-109.
Rodríguez-Moñino, Antonio (1973): Manual bibliográfico de Cancioneros y Romanceros (Siglo XVI), 2 vols., Madrid, Castalia.
——————- (1977-1978): Manual bibliográfico de Cancioneros y Romanceros (Siglo XVII), 2 vols., Madrid, Castalia.
——————- (1997): Nuevo diccionario bibliográfico de pliegos sueltos poéticos (siglo XVI), ed. corregida y actualizada por Arthur L.-F. Askins y Víctor Infantes, Madrid, Castalia.
Storck, Wilhelm (1885): Luis de Camoens Sämmtliche, 6 vols., Paderborn, Druck und Verlag von Ferdinand Schöningh.
Vasconcelos, Carolina Michaëlis de (1907-1909): “Estudos sobre o Romanceiro peninsular: Romances Velhos em Portugal”, Cultura Española, V, 1907, pp. 767-803, 1021-1057; IX, 1908, pp. 93-132, 435- 512, 717-758; XIV, pp. 434-483, 697-732 (artigos compilados em Estudos sobre o Romanceiro peninsular. Romances Velhos em Portugal, 2ª ed., Coimbra, Imprensa da Universidade, 1934, reimpresso no Porto, Lello, 1980).
Wolf, Ferdinand (1856): Proben portuguiesischer und catalanischer Volksromanzen, Wien, Aus der Kaiserlich-Königlichen Hof-und Staatsdruckerei.

Tríptico do projeto aqui.

[Imagem: Gravura do frontispício da FLORESTA | DE VARIOS | ROMANCES, SACA- | dos de las historias antiguas | de los hechos famosos de | los doze Pares de | Francia. | Agora nueuamente corregidos, por | Damian Lopez de Tortajada, [Estampa] | En Valencia | Con licencia; en casa de los hered. de | Chrysost. Garriz. Por Bernardo No- | gues, junto al molino de Ro- | uella, Año 1642 (exemplar conservado na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada).]

DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia

 

O DIAITA – Património Alimentar da Lusofonia visa proceder a um estudo aprofundado e interdisciplinar sobre uma temática fundamental de um património e identidade culturais comuns a portugueses e brasileiros: a história e a cultura da alimentação.

Uma equipa de especialistas de várias áreas disciplinares (História, Arqueologia, Filologia, Museologia, Arte, Dietética, Gastronomia e Nutrição), da Antiguidade aos nossos dias, responsabiliza-se pela criação de conteúdos científicos necessários à criação de dois universos digitais inéditos, destinados à preservação e divulgação das Culturas Alimentares do Espaço Lusófono: Museu e Biblioteca virtual DIAITA.

Trata-se de uma investigação em rede, pioneira no espaço lusófono, reunindo investigadores portugueses e brasileiros. Através de uma pesquisa assente no rigor científico e no conhecimento fidedigno das fontes (escritas, materiais e iconográficas) procura-se fazer uma história e um levantamento do património dos padrões alimentares identitários que vigoram na actualidade, tanto portuguesa como brasileira.

Os trabalhos incidem sobre a tradução, o estudo e a publicação de fontes escritas, tanto inéditas como indisponíveis em português (caso dos textos clássicos, gregos e latinos), matriciais para o conhecimento do padrão alimentar mediterrânico original, levado na bagagem dos portugueses para o Brasil. Também as fontes materiais e iconográficas serão, pela primeira vez, inventariadas, estudadas, reunidas e disponibilizadas em formato digital e em papel (sobretudo os textos) tanto para um público académico como generalista.

Financiamento:
O projeto DIAITA é apoiado por fundos nacionais através da FCT no âmbito do Projeto UID/ELT/00196/2013 (Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra) bem como do Projeto PEst OE/ELT/UI0657/2015 (Instituto de Estudos de Literatura e Tradição).

Ao abrigo do Programa de Cooperação Científica e Tecnológica FCT/CAPES, foi aprovado, no presente ano, o projeto “DIAITA – Museu & Biblioteca Virtuais do Património Alimentar da Lusofonia (Parte I – Portugal e Brasil)”, a desenvolver no biénio 2014/2015, sendo a responsável portuguesa do projeto Carmen Soares (CECH-UC) e, do lado brasileiro, Regina Bustamante (Instituto de História da UFRJ).

O financiamento atribuído destina-se a apoiar a mobilidade anual de dois investigadores ao território brasileiro, nos termos do protocolo firmado. O projeto tem as referências FCT 2417 e CAPES 10396/13-0. O projeto é também financiado Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do concurso anual de 2014 de Apoio a Projetos de Investigação no domínio da Língua e Cultura Portuguesas (ano de execução: 2015).

Tríptico do projeto aqui.

Estranhar Pessoa

 

O projeto Estranhar Pessoa tem como propósito uma revisão exaustiva da discussão em torno da obra de Fernando Pessoa, tomando como pontos de acesso os conceitos em que se tem centrado essa discussão (autor, heterónimo, livro, edição, fragmento).

Criado em 2011 e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia entre 2013 e 2015 (PTDC/CPC-ELT/4587/2012), o projeto Estranhar Pessoa partiu de uma necessidade de renovação dos Estudos Pessoanos, promovendo uma reexaminação dos conceitos fundamentais deste campo de estudos, em particular os de autor, heterónimo, livro, edição e fragmento. Contrariando uma certa repetição de noções entretanto tornadas familiares por parte da tradição crítica, a ideia de exame associa-se aqui à de estranhamento da familiaridade de algumas dessas noções, constituída tanto a partir das considerações de Pessoa como da sua fortuna crítica.

Entre as tarefas previstas para o período entre 2018 e 2022 encontra-se o desenvolvimento do portal da Edição Digital de Fernando Pessoa: Projetos e Publicações, em particular no que diz respeito às publicações em vida de Pessoa, alargando o presente corpus à prosa publicada em vida. Um trabalho de estudo crítico irá acompanhar as tarefas de edição e arquivística, centrado no pensamento em torno das categorias organizacionais da obra pessoana, assim como do lugar teórico-crítico que o todo e o fragmento ocupam nos textos de Pessoa. Destas tarefas resultará a realização de seminários abertos e colóquios, seguindo a linha e periodicidade habituais, aos quais se seguirá a preparação de volumes coletivos temáticos, a publicar na Revista Estranhar Pessoa ou em volumes autónomos.

A investigação é conduzida segundo três linhas:
1. Investigação bibliográfica e arquivística;
2. Debate organizado em estruturas especializadas;
3. Preparação e publicação de artigos, edições e volumes críticos.

A investigação bibliográfica e arquivística é realizada tomando em consideração diversos tipos de materiais: a) obras de Fernando Pessoa, publicadas em vida ou através de edições póstumas, b) fortuna crítica da obra de Fernando Pessoa, c) documentos do espólio de Fernando Pessoa. A confrontação destes materiais é de importância decisiva, já que a ênfase dada a um deles, colocando-o numa posição hierárquica, empobrece a análise e compromete uma visão global da obra. O debate e a apresentação pública de trabalhos é conduzida segundo uma periodicidade semestral ou anual, permitindo a apresentação e discussão de resultados do projeto através de comunicações curtas seguidas de longos períodos de discussão, tipicamente seguindo a estrutura dos seminários abertos ou dos pequenos colóquios. A publicação de artigos, edições e volumes críticos é preparada quer individualmente quer através de pequenos grupos de investigação, constituídos em torno de um tema e de um ou mais propósitos.

O trabalho de investigação deste projeto alia uma abordagem hermenêutica e filológica, campos tradicionalmente separados nos Estudos Pessoanos, mas cuja complementaridade se tem revelado decisiva na elaboração de edições e volumes críticos. A sua equipa integra tanto jovens investigadores como especialistas renomados, de diversas instituições académicas, nacionais e estrangeiras, possibilitando a interação entre todos estes investigadores e o acompanhamento recíproco dos trabalhos individuais e de equipa.

Criado em 2011 o projeto contou com o financiamento da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia (2013-2015), do CCeH – Cologne Center for eHumanities (2014) e atualmente do IELT – Instituto de Estudos de Literatura e Readição (2016-hoje).

Equipa de investigadores: Pedro Sepúlveda (investigador responsável), Abel Barros Baptista, Ana Ferraria, António M. Feijó, Caio Gagliardi, Daiane Walker Araujo, Fernando Cabral Martins, Fernando Beleza, Filipa Freitas, Fávio Rodrigo Pentado, Gustavo Rubim, Humberto Brito, Jorge Uribe, Madalena Lobo Antunes, Maria do Céu Estibeira, Mariana Gray de Castro, Mateus Lourenço, Nuno Amado, Paula Costa, Pedro Tiago Ferreira, Rita Patrício e Ulrike Henny-Krahmer.

O projeto conta com vários parceiros, entre eles: Grupo Estudos Pessoanos da Universidade de São Paulo, Cologne Center for eHumanities (Universidade de Colónia), Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Biblioteca Nacional de Portugal e Casa Fernando Pessoa.

Publicações produzidas no âmbito do projeto:
Amado, Nuno (2016) “Adultismo pra Brinquedos”. Revista Estranhar Pessoa. N. 3. 75-89.
— (2015) “Orpheu… e Eurídice”. Revista Estranhar Pessoa. N. 2. 57-70.
— (2016) Ricardo Reis (1887-1936). Dissertação de Doutoramento. Programa em Teoria da Literatura, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Antunes, Madalena Lobo (2016) “Modernist Disenchantment as an Urban Experience in Ulysses, Mrs. Dalloway, and the Book of Disquiet”. Atas do Congresso “1912-2012: A Time to Reason and Compare”. Cambridge Scholar’s Press.
Baptista, Abel Barros (2014) “Razão de se publicarem os heterónimos ortonimamente”. Românica, 22.
Brito, Humberto (2012) “Posfácio”. Ibéria – Introdução a um Imperialismo Futuro. Edição de Jerónimo Pizarro e Pablo Javier Pérez Lopez. Lisboa: Ática.
Castro, Mariana Gray de (2014) “Pessoa, Coleridge, homens de Porlock e dias triunfais: sobre génio, inspiração, interrupção e criação poética”. Revista Estranhar Pessoa. N.º 1.
— (2014a) “Pessoa and Keats”. Portuguese Literary and Cultural Studies. N. º 28. UMass Dartmouth.
Estibeira, Maria do Céu (2015) “Das caricaturas de Almada Negreiros à “Ode a Fernando Pessoa” – um encontro de poetas”. Atas do Colóquio Internacional Almada Negreiros. Fundação Calouste Gulbenkian.
— (2016) “O lugar das «quadras» de Fernando Pessoa na poesia tradicional portuguesa”. Atas do Colóquio do Centro Internacional de Tradição Oral, Évora.
— (2016b) A Marginalia Pessoana – um segundo espólio?”. Atas do Colóquio Fernando Pessoa en Barcelona. Faculdade de Filoloxia de Barcelona.
Feijó, António M. (2015) Uma admiração pastoril pelo diabo (Pessoa e Pascoaes). Pessoana. Ensaios. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Ferraria, Ana. “Um Romantismo particular: John Keats e Fernando Pessoa”. Anglo Saxonica III:8, 2014
Martins, Fernando Cabral & Zenith, Richard (eds.) (2012) Teoria da Heteronímia. Lisboa: Assírio & Alvim.
—- & Zenith, Richard (eds.) (2013-hoje) Coleção Pessoa Breve. 11 volumes publicados. Lisboa: Assírio & Alvim.
Gagliardi, Caio & Penteado, Flávio Rodrigo (eds.) (2017) “Caderno Marcos da Fortuna Crítica de Fernando Pessoa”. Revista Estranhar Pessoa. Nº 4. Lisboa: FCSH/UNL.
Martins, Fernando Cabral (2014) Introdução ao estudo de Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio & Alvim.
Martins, Fernando Cabral (2014a) “O Livro do Desassossego e a escrita heteronímica”. Central de Poesia. CLEPUL. Faculdade de Letras da Universidade Lisboa. Lisboa: Esfera do Caos Editores.
—- (2014b) “Modernismo e Performatividade”. Atas do Colóquio Pensar a República 1910-2010. FCSH da UNL. Lisboa, Almedina.
—- (2015) “O Interseccionismo Plástico de Orpheu”. Os Caminhos de Orpheu. Catálogo da exposição na BNP. Org. Richard Zenith. Lisboa, BNP/Babel
—- (2015a) “Notas sobre o diálogo poético entre Sá-Carneiro e Pessoa”. Revista Estranhar Pessoa. Nº2.
—- (2016) Mário Cesariny e O Virgem Negra ou A Morte do Autor e o Nascimento do Actor. Lisboa: Documenta.
Patrício, Rita (2012) Episódios. Da teorização estética em Fernando Pessoa. Braga: CEHUM, Húmus.
—- (2014) “100 anos de Orpheu”. Boletim Info-Cehum nº 43. Dezembro, Janeiro e Fevereiro de 2014
—- (2015) “Nós os de Orpheu: da distinção”. Revista Estranhar Pessoa. Nº2.
—- (2015a) “Quand le bruit des canons éclate: Fernando Pessoa e as artes menores”. Org. Carlos Mendes de Sousa. Conflito e trauma. Cehum, Braga.
—- & Rubim, Gustavo (2016) “Caderno O que é um autor”. Editores Rita Patrício e Gustavo Rubim. Revista Estranhar Pessoa. Nº 3. Lisboa: FCSH/UNL.
Rubim, Gustavo (2014) “Consciência e Antropofobia”, Central de Poesia: O Livro do Desassossego. Lisboa, CLEPUL, Esfera do Caos Editores.
—- (2014a) “Os Episódios de Rita Patrício”. Boletim de Pesquisa NELIC. V. 14. Nº 22. Universidade Federal de Santa Catarina.
Sepúlveda, Pedro (2013) Os livros de Fernando Pessoa. Prefácio de António Feijó. Lisboa: Ática.
—- (2014) “Pessoas-livros: o arquivo bibliográfico de Fernando Pessoa”. MatLit. Coimbra: CLP da Universidade de Coimbra. V. 2. Nº 1.
—- & Uribe, Jorge (2014) “Caderno do dia triunfal”. Editores Pedro Sepúlveda e Jorge Uribe. Revista Estranhar Pessoa. Lisboa: FCSH da UNL. N.º 1. [http://estranharpessoa.com/revista-anterior/]
—- (2015) “Caderno do Orpheu”. Edição e introdução de Pedro Sepúlveda. Revista Estranhar Pessoa. N.º 2. Lisboa: FCSH da UNL. Nº 2.
—- (2015a) “Orpheu em lugar de Caeiro”. Revista Estranhar Pessoa. N.º 2. Lisboa: FCSH/UNL.
—- & Uribe, Jorge (2016) O planeamento editorial de Fernando Pessoa. Pessoana. Ensaios. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
—- & Henny-Krahmer, Ulrike (2017) Edição Digital de Fernando Pessoa: Projetos e Publicações. Coordenação editorial por Pedro Sepúlveda, coordenação técnica por Ulrike Henny-Krahmer. Lisboa & Colónia: IELT, Universidade Nova de Lisboa & CCeH, Universidade de Colónia.
Uribe, Jorge & Sepúlveda, Pedro (eds.) (2011) Sebastianismo e Quinto Império. Obras de Fernando Pessoa – Nova Série. Lisboa: Ática.
Uribe, Jorge (2014) Um drama da crítica: Oscar Wilde, Walter Pater e Matthew Arnold, lidos por Fernando Pessoa. Dissertação de Doutoramento. Programa em Teoria da Literatura, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Uribe, Jorge (2015) “Pessoa’s Walter Pater: Archival material from a reading story”, Portuguese Literary and Cultural Studies. N. 28. Tagus Press-University of Massachusetts-Dartmouth.
Uribe, Jorge (2016) “Autoria, evolução e sentido: apontamentos para uma releitura da “Carta da génese dos heterónimos”. Revista Estranhar Pessoa. Nº 3.

Bibliografia recomendada:
Araujo, Daiane. W.; Gagliardi, Caio (2015) A abordagem evolutiva nos estudos pessoanos de Jorge de Sena: leituras dos anos 40. Pessoa Plural. V. 7. 44-66.
Araujo, Daiane. W.; Gagliardi, Caio (2015) Jorge de Sena depois de João Gaspar Simões: a abordagem evolutiva nos estudos pessoanos dos anos 50 e 60. Pessoa Plural. V. 7. 67-93.
Baptista, Abel Barros (2010) De Espécie Complicada. Coimbra: Angelus Novus.
Castro, Ivo (2013) Editar Pessoa. 2ª Edição. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Dionísio, João (2007) “Integridade e genuinidade na obra de Fernando Pessoa”. A Arca de Pessoa: novos ensaios. Steffen Dix and Jerónimo Pizarro (eds.). Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais. 353-365.
Feijó, António M. (2000) ““Alberto Caeiro” e as últimas palavras de Fernando Pessoa”. Revista Colóquio/Letras. Ensaio, n. 155/156. 181-190.
Feijó, António M. (2015) Uma admiração pastoril pelo diabo (Pessoa e Pascoaes). Pessoana. Ensaios. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Gagliardi, Caio (2016) Dez Marcos da Fortuna Crítica de Fernando Pessoa.
—- & Penteado, Flávio Rodrigo (eds.) (2017) “Caderno Marcos da Fortuna Crítica de Fernando Pessoa”. Revista Estranhar Pessoa. Nº 4. Lisboa: FCSH/UNL.
Gumbrecht, Hans Ulrich (2003) Production of Presence: What Meaning Cannot Convey. Stanford: Stanford University Press.
Gusmão, Manuel (2003) “O Fausto — um teatro em ruínas”. Românica. N. 12. 67-86.
Lourenço, Eduardo (2003) Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente. Lisboa: Gradiva (1a. ed. 1973).
Lourenço, Eduardo (2008) Fernando, Rei da nossa Baviera. Lisboa: Gradiva (1a. ed. 1986).
Martins, Fernando Cabral (ed.) (2008) Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisboa: Caminho. 55-58.
—- & Zenith, Richard (eds.) (2013-hoje) Coleção Pessoa Breve. 11 volumes publicados. Lisboa: Assírio & Alvim.
—- (2014) Introdução ao estudo de Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio & Alvim.
McGann, Jerome (2003) Black Riders. The Visible Language of Modernism. Princeton: Princeton University Press.
Monteiro, Adolfo Casais (1985) A Poesia de Fernando Pessoa. José Blanco (ed.). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Patrício, Rita & Pizarro, Jerónimo (eds.) (2006) Obras de Jean Seul de Méluret. Edição Crítica de Fernando Pessoa. Vol. VIII. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda.
—- (2012) Episódios. Da teorização estética em Fernando Pessoa. Braga: CEHUM, Húmus.
—- & Rubim, Gustavo (2016) “Caderno O que é um autor”. Editores Rita Patrício e Gustavo Rubim. Revista Estranhar Pessoa. Nº 3. Lisboa: FCSH/UNL.
Rubim, Gustavo (2000) “Livro: o único, o múltiplo e o inexistente”. Revista Colóquio/Letras. Ensaio. Nº 155/156. 216-219.
Penteado, Flávio Rodrigo; Gagliardi, Caio (2015) The Art of Drama According to Browning and Pessoa. Portuguese Literary & Cultural Studies. V. 28. 164-187.
Seabra, José Augusto (1988) Fernando Pessoa ou o Poetodrama. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1a. ed. São Paulo: Perspectiva, 1974).
Sena, Jorge de (1982) Fernando Pessoa & C.ª Heterónima. Lisboa: Edições 70.
Sepúlveda, Pedro (2013) Os livros de Fernando Pessoa. Lisboa: Ática.
—- & Uribe, Jorge (2014) “Caderno do dia triunfal”. Editores Pedro Sepúlveda e Jorge Uribe. Revista Estranhar Pessoa. Lisboa: FCSH da UNL. N.º 1.
—- (2015) “Caderno do Orpheu”. Edição e introdução de Pedro Sepúlveda. Revista Estranhar Pessoa. N.º 2. Lisboa: FCSH da UNL. Nº 2.
—- & Uribe, Jorge (2016) O planeamento editorial de Fernando Pessoa. Pessoana. Ensaios. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
—- & Henny-Krahmer, Ulrike (2017) Edição Digital de Fernando Pessoa: Projetos e Publicações. Coordenação editorial por Pedro Sepúlveda, coordenação técnica por Ulrike Henny-Krahmer. Lisboa & Colónia: IELT, Universidade Nova de Lisboa & CCeH, Universidade de Colónia.
Silvestre, Osvaldo (2014) “O que nos ensinam os novos meios sobre o livro no Livro do Desassossego”. MatLit. Revista do Programa de Doutoramento em Materialidades da Literatura. Coimbra: Universidade de Coimbra. 79-98.

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Memoriamedia


O Memoriamedia trata-se de e-museu que expõe e partilha vídeos, documentários e estudos sobre manifestações culturais do património cultural imaterial – expressões orais, saberes, celebrações e práticas performativas. Um projeto que valoriza quer a singularidade das comunidades quer a diversidade e o diálogo intercultural.

A memória está viva quando se transforma, quando se associa a novos usos e contextos. A ambição deste e-Museu é contribuir para a difusão e transmissão da tradição oral e saberes associados. Neste e-Museu pode navegar livremente, partilhar todos os vídeos, baixar documentos e arquivos sonoros.

Pedimos que mencione sempre o Memoriamedia quando utilizar os nossos conteúdos nos seus projetos. Os conteúdos estão organizados em secções segundo critérios baseados nas recomendações da UNESCO e na legislação nacional para inventariação do Património Cultural Imaterial. O projeto MEMORIAMEDIA defende o envolvimento das comunidades, grupos e indivíduos no processo de patrimonialização promovendo uma abordagem que respeita e valoriza os que estão diretamente implicados na produção das expressões culturais.

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Modernismo.pt

 

O projeto Modernismo: Arquivo Virtual da Geração de Orpheu tem como missão sistematizar informações, imagens e estudos sobre o Modernismo português.

O projeto nasceu em 2011 com o tratamento do espólio de Almada Negreiros, alastrando depois para os outros autores e experiências da sua geração, e mantém-se ativo até hoje.

Entre os vários objetivos do projeto estão: a) coligir textos literários e obras plásticas, bem como revistas e documentos; b) divulgar artigos e análises críticas; c) oferecer exposições virtuais; d) explorar as relações internacionais do Modernismo português.

A metodologia do projeto, que permite a sua continuidade, consiste na pesquisa bibliográfica e recolha documental assente numa equipa de investigadores especializados.

Este projeto aposta na variedade das informações e das abordagens ensaísticas reunidas. O projeto é financiado pela FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia e pelo IELT – Instituto de Estudos de Literatura e Tradição da NOVA FCSH.

Equipa de investigadores: Fernando Cabral Martins (Investigador responsável), Giorgia Casara, Manuela Parreira da Silva, Mirhiane Mendes de Abreu, Nuno Ribeiro, Pedro J. Freitas, Ricardo Marques, Sílvia Laureano Costa e Simão Palmeirim Costa.

Entre os parceiros estão: Biblioteca Nacional de Portugal, Família Almada Negreiros, Instituto de História da Arte (NOVA FCSH), Seminário Livre de História das Ideias (NOVA FCSH).

Para o futuro prevê-se a organização de seminários abertos, a publicação em modernismo.pt de um arquivo da biblioteca de Almada Negreiros, a continuação da publicação em modernismo.pt de novas revistas modernistas, a publicação em modernismo.pt de um arquivo textual de Mário de Sá-Carneiro e a publicação em modernismo.pt de um arquivo da obra de teoria literária de Fernando Pessoa.

Publicações produzidas no âmbito do projeto:
Ferreira, Sara Afonso; Costa, Sílvia Laureano; Costa, Simão Palmeirim. Almada por contar. Lisboa: Biblioteca Nacional de Portugal, 2013.
Revista de História de Arte: Almada Negreiros. Lisboa: Instituto de História de Arte, n. 2, 2014. 

Bibliografia recomendada:
Guimarães, Fernando, Simbolismo, Modernismo e Vanguardas. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1982.
Jackson, K. David, ed., As Primeiras Vanguardas em Portugal. Frankfurt-Madrid: Vervuert-Iberoamericana, 2003.
Martins, Fernando Cabral, ed., Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisboa: Editorial Caminho, 2008.

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A Fábula na Literatura Portuguesa


A Fábula na Literatura Portuguesa: Catálogo e História Crítica da Fábula na Literatura Portuguesa 
teve como objetivo principal identificar e indexar o corpus principal da fábula na literatura portuguesa desde a Idade Média até à época contemporânea. A catalogação da fábula cobre grande parte do corpus fabulístico nacional, recolhendo ocorrências das várias modalidades das suas manifestações: de texto integral – inserido em coleções, antologias e noutras obras – mas, também, de uso parcial e em contexto paratextual (prefácios, dedicatórias, titulação, caracterização das coleções, referências relativas a tradução e adaptação, e outras).

A História Crítica da Fábula na Literatura Portuguesa acompanha o Catálogo da Fábula na Literatura Portuguesa. Nos doze ensaios dela constantes procede-se à análise de usos da fábula na literatura portuguesa desde a Idade Média até à Contemporaneidade, com incidência específica em realizações da fábula que por motivos diversos ocuparam lugar de destaque na literatura nacional ou adquiriram um caráter exemplificativo.

A proposta do projeto “A Fábula na Literatura Portuguesa” foi avaliada pelo Painel de Avaliação da FCT, que a classificou positivamente e recomendou para financiamento (PTDC/CLE-LLI/100274/2008). Os resultados do projeto foram avaliados pelo Painel de Avaliação Final da FCT, tendo o Relatório Final merecido aprovação com o seguinte comentário “Os objetivos científicos previstos foram plenamente atingidos. Os resultados evidenciam grande qualidade científica, nomeadamente ao nível das publicações em revistas internacionais com referee. O projeto contribuiu para a formação de jovens investigadores e para a projecção internacional da equipa envolvida” [ver documentos].

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