Ofícios e Artesãos da Ornamentação e Encadernação do Livro

 

Na sequência de uma parceria estabelecida em 2020 entre o IELT e a Câmara Municipal de Lisboa através do Arquivo Municipal, iniciou-se um programa de investigação que se concentra nos procedimentos técnicos de encadernação e ornamentação do livro e na identificação das oficinas e dos artesãos que historicamente se dedicaram e exercem o ofício na cidade de Lisboa. O projeto Ofícios e Artesãos da Ornamentação e Encadernação do Livro debruça-se igualmente sobre a história da impressão e edição na cidade e suas relações com a atividade noutras geografias, criando uma memória sensorial do livro como objeto de colecção e matéria táctil e olfativa, que se ritualiza e se molda em muitos formatos e géneros. 

Os trabalhos estruturam-se em três tarefas:

1. Registar por meios visuais os ofícios que se encontram associados à produção material do livro, nomeadamente as artes de encadernar e dourar, (a) reconhecer os lugares na geografia urbana de Lisboa onde existiam oficinas de encadernação e douração, (b) inventariar as oficinas existentes, (c) inventariar as formas de trabalhar e o vocabulário técnico e comum empregues, (d) captar narrativas e histórias de vida (ingresso na profissão, carreiras); 

2. Inquirir editores, livreiros, leiloeiros, bibliotecários, artistas e outros agentes que fazem a ponte para a dimensão metafísica, estética e ética do livro;

3. Apreender os formatos que o diversificam e são a expressão do livro como um fenómeno pedagógico e estético dos tempos atuais: o livro-objeto, o livro-de-artista, o livro-arquitetura, além do livro ilustrado, o livro-gráfico, a banda-desenhada ou história aos quadradinhos, etc.

Este projeto pretende gerar um acervo visual sobre o fenómeno atual em torno do Livro, produzindo documentários-vídeo, bem como uma plataforma digital que sistematizará os resultados da investigação (em elaboração). A equipa de trabalho é constituída por membros das instituições envolvidas e encadernadores, sob a direção do investigador Luís Sousa Martins.

Algumas ações recentes: 

A) a organização da Conferência “Os artesãos do livro e o espírito militante”, proferida pela Prof.ª Doutora Beatriz Peralta da Universidad de Oviedo (Colégio Almada Negreiros, Campus de Campolide da Universidade Nova de Lisboa, 19 de abril de 2022);
B) a realização e estreia do documentário vídeo Arte no livro, integrado na programação do Festival 5L, Festival Literário Internacional Literatura e Língua Portuguesa (Biblioteca do Palácio Galveias, 5 de maio de 2022);
C) estreia do documentário vídeo Mãos que costuram e vestem Livros, exibido no âmbito do Festival5L Festival Literário Internacional Literatura e Língua Portuguesa (Livraria Férin, 7 de maio de 2021);
D) preparação do número 20 dos  Cadernos do Arquivo Municipal subordinado ao título “O Livro no seu Tempo: Lugares, Matérias, Formas e Técnicas” e com a coordenação científica de Fernando J. Bouza Álvarez (Universidade Complutense, Madrid), João Luís Lisboa (NOVA FCSH) e Luís Martins (NOVA FCSH), estando a decorrer a chamada para artigos.

Bibliografia recomendada:

Almeida, Inês Leonor Costa, 2012, O Livro de Artista: um meio de exploração criativa, Tese de mestrado em ensino de artes visuais, Universidade de Lisboa.
Baraona, Isabel e Catarina Domingues, 2017, Solar, Offset.
Bodman, Sarah e Tom Snowden, 2010, Manifesto for the Book, Bristol, Impact Press at The Centre for Fine Print, Research University of the West of England.
Castleman, Riva, 1994, A Century of Artists’ Books, New York, MOMA
Castro, Lourdes, 2015, Todos os Livros (Catálogo da Exposição), Lisboa, Sistema Solar Crl., Documenta, Fundação Calouste Gulbenkian.
Drucker, Johanna, 2004, “The Artist’s Books as a Rare and / or Auratic Object”, in The Century of Artists’ Books, New York, Granary Books, 1994, 93-120.
Fróis, João Pedro, 2000, Educação Estética e Artística. Abordagens Transdisciplinares, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian
Rothenberg, Jerome e Steven Clay, 2000, A Book of the Book: Some Works and Projections about the Book and Writing, New York, Granary Books.
Silveira, Paulo, 2008, As Existências da Narrativa no Livro de Artista, Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
______, 2001, A Pagina Violada: Da ternura a injuria na construçao do livro de artista, Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Stein, Donna, Robert Johnson, Artists’ Books in the Modern Era 1870-2000: The Reva and David Logan Collection of Illustrated Books, London and Fine Arts Museum of San Francisco, Thames and Hudson.
Thompson,  Jason, 2010, Playing With Books: The Art of Upcycling, Deconstructing, and Reimagining the Book, Quarry Books,
AAVV, 1992, O Colóquio sobre o livro antigo, Lisboa 23-25 de Maio de 1988, Actas, V Centenário do livro impresso em Portugal 1487-1987, Lisboa, Biblioteca Nacional.
Academia das Ciências de Lisboa, 1941-42, Bibliografia geral portuguesa; século XV, Lisboa, Imprensa Nacional, 2 vols.
Academia das Ciências de Lisboa, 1983, Bibliografia geral portuguesa; século XVI, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
Alfaro, José, 1994, O jogo das cartas, o lúdico numa antologia epistolar barroca, Lisboa, Quimera.
Almeida, Manuel Lopes de, 1964-1966, “Livros, livreiros, impressores em documentos da Universidade, 1587-1835”, Arquivo de bibliografia portuguesa, vols.10-12, nºs 37/38, (85-154).
Alves, José A. dos Santos, 1992, Ideologia e política na imprensa do exílio. O Portuguez (1814-1826), Lisboa, INIC.
Alves, Ricardo, 1989, “Jornalismo no século XVIII: a Gazeta de Lisboa como fonte histórica”, História, 122, (14-24).
Andrade, António Manuel Lopes, Marias Cristina Carrington (eds.), 2019, Do Manuscrito ao Livro Impresso I, Aveiro / Coimbra, Universidade de Aveiro / Imprensa da Universidade de Coimbra
Anselmo, António J., 1920, “Alguns jornais manuscritos da Biblioteca Nacional”, Anais das Bibliotecas e Arquivos de Portugal, 2ª série, vol.1, (241-3).
______, 1926, Bibliografia das obras impressas em Portugal no século XVI, Lisboa, Biblioteca Nacional.
______, 1978, “Dúvidas e acertos sobre o impressor Gherlinc e o Tratado de Confissom”, Arquivos do Centro Cultural Português, vol. 13, (301-318).
______, 1979-1980, “Incunábulos portugueses em latim”, Humanitas, vol.31-32, (167-196).
______, 1981, Origens da Imprensa em Portugal, Lisboa, INCM. (trad. francesa, 1983, Les origines de l’imprimerie au Portugal, Paris, Jean Touzot).
______, 1987a, “L’activité typographique de Valentim Fernandes au Portugal (1495-1518)” in Actes du XXI Colloque International d’Etudes Hispaniques. L’Humanisme portugais et l’Europe, Paris, Centro Cultural Português, Fundação Calouste Gulbenkian, (781-818).
______, 1987b, “Os primeiros impressores que trabalharam em Portugal”, Revista da Biblioteca Nacional, s.2, 2, nº2, (7-14).
______, 1988, “A tipografia ao serviço do humanismo” in O Humanismo português 1500-1600, 1º Simpósio Nacional, Lisboa, Academia das Ciências, (463-473).
______, 1991, História da Edição em Portugal, vol. 1, Das origens até 1536, Porto, Lello & Irmão.
______, 1992, “Geografia da proto-imprensa cristã em Portugal” in AAVV, O Colóquio sobre o livro antigo, Lisboa 1988, Actas, Lisboa, Biblioteca Nacional, (33-37).
Aranha, Pedro Brito, 1898, A imprensa em Portugal nos séculos XV e XVI: as Ordenações d’El-Rei D.Manuel, Lisboa, Imprensa Nacional.
Araújo, Ana Cristina B., 1990, “Modalidades de leitura das Luzes no tempo de Pombal”, Revista de História, (Porto) vol.10, (105-127).
Araújo, José Rosa de, 1964, “Marcas de papel no século XVII”, Boletim da Academia Portuguesa de Ex.-Libris, vol.9, nº30, (201-204).
Asensio, Eugenio, 1977, “Une découverte bibliographique: Tratado de Confissom (Chaves, 8.VIII.1489)”, Arquivos do Centro Cultural Português, vol. 11, (35-40).
Azevedo, Pedro de, 1910-1914, “João Vosmaer, holandês, livreiro de Lisboa em 1656”, Boletim bibliográfico da Academia das Ciências de Lisboa, s.1, vol.1, nº3, (385-403).
______, 1911, “Uma denúncia em 1614 contra dois livreiros de Lisboa”, Boletim bibliográfico da Academia das Ciências de Lisboa, s.2, vol.1, nº1, Out., (1-14).
Baião, António, 1915, “A Censura literária e a Inquisição no século XVIII”, Boletim da Segunda Classe da Academia das Ciências de Lisboa, vol. 9, (356-379).
______, 1917-1918, “A Censura literária Inquisitorial”, Boletim da Segunda Classe da Academia das Ciências de Lisboa, vol. 12, (473-560).
______, 1958, “O livreiro quinhentista João de Borgonha”, Boletim da Academia das Ciências de Lisboa, nova série, 30, (174-176).
Bastos, Lúcia Maria, 1992, “Comércio de livros e censura de ideias: a actividade dos livreiros franceses no Brasil e a vigilância da Mesa do Desembargo do Paço (1795-1822)”, Ler História, 23, (61-78).
Belchior, Maria de Lourdes, 1971, Os homens e os livros. Séculos XVI e XVII, Lisboa, Verbo.
Belo, Filomena e Manuela Rocha, 1988, “Anatomia do primeiro periódico português”, Claro-escuro, revista de estudos barrocos, 1, (63-75).
Bernardino, Teresa, 1986, Sociedade e atitudes mentais em Portugal (1777-1810), Lisboa, INCM.
Bernstein, Harry, 1978, Pedro Craesbeek & Sons: 17th century publishers to Portugal and Brazil, Amsterdam, Adolf M. Hakkert.
Bloch, Joshua, 1938, “Early hebrew printing in Spain and Portugal”, Bulletin of the New York Public Library, vol. 42, (371-420).
Boisvert, Georges, 1971, “Le Comte de Palmela et la presse Portugaise libre (1816-1820) d’après des documents diplomatiques inédits”, Arquivos do Centro Cultural Português, vol.3, (459-519).
Bonnant, Georges, 1955, “La librairie genevoise au Portugal du XVIe au XVIIIe siècles”, Genava, nº3, (183-200).
______, 1956, “L’imprimerie à Genève du XVe au XVIIIe siècle et le commerce des libraires genevois avec le Portugal”, Arquivo de Bibliografia Portuguesa, ano 2, nº5, (1-16).
______, 1960, “Les libraires du Portugal au XVIIIe siècle vus à travers leurs relations d’affaires avec leurs fournisseurs de Genève, Lausanne et Neuchâtel”, Arquivo de Bibliografia Portuguesa, ano 6, nºs 21-22, (195-200).
Braga, Teófilo, 1892, “As livrarias manuscritas do século XV e a descoberta da imprensa” in História da Universidade de Coimbra e das suas relações com a instrução pública portuguesa, tomo 1, Lisboa, Academia das Ciências, (191-245).
Brito, J. J. Gomes de, 1910-13, “Notícias de livreiros e impressores em Lisboa na segunda metade do século XVI”, Boletim da Sociedade de Bibliófilos Barbosa Machado, vol.1 (65-75; 113-120; 213-227; 281-307) e vol.2 (199-217).
______, 1980, “Livros e livreiros franceses em Lisboa nos fins de setecentos e no primeiro quartel do século XIX”, Anais da Academia Portuguesa de História, II série nº 26, (301-327).
Castro, Ivo, 1977, “A descrição bibliográfica e a conservação do livro” in Actas da Semana de Trabalho sobre a conservação de documentos gráficos, Lisboa, Biblioteca Nacional, (29-49).
Castro, Henrique Tavares e, e Maria Armandina Cruz Maia, 1992, “Produção impressa entre Douro e Minho nos sécs. XVII e XVIII” in AAVV, O Colóquio sobre o livro antigo, Lisboa 1988, Actas, Lisboa, Biblioteca Nacional, (187-205).
Cunha, Margarida, e Manuela D. Domingos, 1994, “Encadernações da ‘Livraria de Duarte de Sousa'”, Revista da Biblioteca Nacional, s.2, vol.9, nº1, (149-161).
Curto, Diogo Ramada, 1996, “Littératures de large diffusion au Portugal (XVIe-XVIIIe siècles)” in Roger Chartier e Hans-Jürgen Lüsebrink (eds.), Littératures populaires et imprimés de large circulation en Europe, XVIe-XIXe siècles, Paris, IMEC.
Dantas, Júlio, 1921, “Os livros em Portugal na Idade Média: 1 – a livraria de Mumadona; 2 – a livraria do Infante Santo”, Anais das bibliotecas e arquivos, série 2, vol. 2, nº5 (2-7) e nº6 (101-109).
Deslandes, Venâncio, [1888] 1988, Documentos para a história da tipografia portuguesa nos séculos XVI e XVII, (introd. de Artur Anselmo), Lisboa, INCM.
Deswarte, Sylvie, 1977, Les enluminures de la Leitura Nova (1504-1552); étude sur la culture artistique au Portugal au temps de l’Humanisme, Paris, Fundação Calouste Gulbenkian.
Dias, João José Alves, 1994, Iniciação à Bibliofilia, Lisboa, Pró-Associação Portuguesa de Alfarrabistas.
Dias, José S. da Silva, 1963, “O Primeiro rol de livros proibidos”, Biblos, 39, (231-327).
Dinis, Silvio Gabriel, 1959, “Um livreiro em Vila Rica nomeado no séc. XVIII”, Kriterion, Minas Gerais, 47/48, (180-198).
Domingos, Manuela D., 1985, Estudos de Sociologia da Cultura – Livros e leitores do século XIX, Lisboa, IPED.
______, 1989, “Os catálogos de livreiros como fontes de história do livro: o caso dos Reycend”, Revista da Biblioteca Nacional, s.2, vol.4, nº1, (83-102), (repub. in AAVV 1992).
______, 1991, “Colporteurs ou livreiros, Acerca do comércio livreiro em Lisboa 1727-1754”, Revista da Biblioteca Nacional, s.2, vol.6, nº1, (109-142).
______, 1995b, “Mercado livreiro no século XVIII: mecanismos e agentes”, Barata, 35, Ago-Out., (29-43).
Esteves, Rosa, 1984, “Gabinetes de leitura em Portugal no século XIX (1815-1853)”, Revista da Universidade de Aveiro / Letras, 1, (213-235).
Faria, Maria Isabel e Maria da Graça Pericão, 1988, Dicionário do Livro, Lisboa, Guimarães Editores.
Ferreira, Teresa A.S. Duarte, 1992, “O livro impresso e o manuscrito coexistem: o manuscrito permanece”, in Mendes (coord.), Tesouros da Biblioteca Nacional, Lisboa, Inapa, (217-252).
Figueiredo, Violeta Crespo, 1978/79, “Papeis volantes do séc.XVIII”, História 1 a 6.
Fonseca, Martinho da, 1913, “Catálogos. Sua importância bibliográfica”, Boletim da Sociedade de Bibliófilos Barbosa Machado, 2, (89-184).
Freitas, Maria Brak L. B. de, 1944, “Um livreiro-encadernador francês em Portugal”, Boletim cultural da Câmara Municipal do Porto, 7, nº 4, (317-328).
______, 1947, “A Real Irmandade de santa Catarina da corporação dos livreiros e dos seus juízes nobres”, O Instituto, 110, (138-164).
Furtado, José Afonso, 1996, O que é o livro, Lisboa, Difusão Cultural.
Gama, Angela Maria Barcelos da, 1967, “Livreiros, editores e impressores em Lisboa no séc. XVIII”, Arquivo de Bibliografia Portuguesa, ano 13, nºs 49-52, (8-81).
Guedes, Fernanda Maria Silva, 1976, “Lignes de force de l’imprimerie portugaise au XVIe siècle” in Villes d’imprimerie et moulins à papier du XIVe au XVIe siècle (Colloque Spa, 1973), Bruxelles, Crédit Communal de Belgique, (221-238).
Guedes, Fernando, 1987, O Livro e a leitura em Portugal – subsídios para a sua história – séculos XVIII-XIX, Lisboa / S.Paulo, Verbo.
______, 1988, “Lotarias ou rifas de livros no século XVIII”, Revista da Biblioteca Nacional, série 2, vol.3, nº1, ((49-64).
 ______, 1993, Os livreiros em Portugal e as suas Associações desde o Século XV até aos nossos dias, Lisboa, Verbo.
Haebler, Konrad, 1897, The early printers of Spain and Portugal, Londres, Bibliographical Society.
______, 1902, Tipografia ibérica del siglo XV; reproducción en fac-simile de todos los caracteres tipográficos empleados en España y Portugal hasta el año de 1500, Leipzig, Karl W. Hiersemann, (versão francesa, 1902, Typographie ibérique du quinzième siècle).
Iria, Alberto, 1963, “O bibliotecário, o livreiro e o leitor”, Arquivo de Bibliografia Portuguesa, ano 9, nºs 33-36, (58-63).
Lanciani, Giulia e Giuseppe Tavani (org.), 1993, Dicionário da literatura medieval galega e portuguesa, Lisboa, Caminho.
Lavoura, Maria Emília, 1992, “O livro impresso e o manuscrito coexistem: o surto do livro impresso”, in Mendes (coord.), Tesouros da Biblioteca Nacional, Lisboa, Inapa, (176-216).
Lima, Durval Pires de, 1943, Os primeiros livros e livreiros de Lisboa, Lisboa, CML, (na capa 1942).
Lima, Matias, 1933, A encadernação em Portugal (subsídios para a sua história), Gaia, Ed.Pátria.
 ______, 1956, Encadernadores portugueses (nótulas biográficas e críticas), Porto, ed. autor.
Lisboa, João Luís, 1989a, “A leitura em Portugal: os finais do ‘Antigo Regime'” in F.Marques da Costa e outros (org.), Do Antigo Regime ao Liberalismo, 1750-1850, Lisboa, Vega, (78-81).
______, 1989b, “Popular knowledge in the 18th century almanacs”, History of European Ideas, 11, special issue, (509-513).
______, 1993, “O papel da história entre os leitores do século XVIII”, Ler História, 24, (5-15). (resumo inglês em 1992, “The role of history among eighteenth-century readers” in Studies on Voltaire and the Eighteenth Century, 304, Transactions of the Eighth International Congress on the Enlightenment, vol.2, Oxford, Voltaire Foundation, (972-975).
Loff, Maria Isabel, 1967, “Impressores, editores e livreiros no século XVII em Lisboa”, Arquivo de Bibliografia Portuguesa, ano 10-12, nºs 37-48, (49-84).
Macedo, Jorge Borges de, ______, 1975, “Livros impressos em Portugal no século XVI: interesses e formas de mentalidade”, Arquivos do Centro Cultural Português, 9, (183-221).
Martins, José V. de Pina, 1972, “Para a história da cultura portuguesa do Renascimento: a iconografia do livro impresso em Portugal no tempo de Dürer”, Arquivos do Centro Cultural Português, vol. 5, (80-189).
Metelo, Manuel Arnão, 1976, A família Ferin em Portugal: mais de um século de tradição livreira, Braga.
Nascimento, Aires Augusto, 1984, Encadernação medieval portuguesa – Alcobaça, Lisboa.
______, 1990-91, “La reliure médiévale: une forme de relation avec le livre. Fonctionnalité et sens des différences”, Bolletino dell’Istituto Centrale per la Patologia del Libro, 44-45, (263-294).
Nunes, Maria de Fátima, 1987, “Notas sobre o periodismo científico em Portugal: os Annaes das Sciencias, das Artes e das Letras (1818-1822)”, Cultura – História e Filosofia, 7, (661-682).
Peixoto, Jorge, 1957, “Considerações sobre livrarias medievais”, Arquivo de bibliografia portuguesa, 3, 12, (227-237).
______, 1964-1966, “História do livro impresso em Portugal”, Arquivo de bibliografia portuguesa, ano 10-12, nºs 37-48, (1-26).
______, 1965, “Aspectos económicos do livro em Portugal no séc. XVI” in Gutenberg-Jahrbuch 1965, Mainz, Gutenberg-Gesellschaft, (142-149).
______, 1967, “Para a sociologia do fenómeno literário. Gabinete de leitura em Portugal nos começos do século XIX”, O Comércio do Porto, 24/10.
 ______, 1968, “Para um corpus documental do livro impresso em Portugal nos séculos XV e XVI” in Actas do Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros, Coimbra, vol. 5, (225-229).
______, 1969, “Jean de Villeneuve fundidor de tipos em Portugal no séc. XVIII” in Gutenberg-Jahrbuch 1969, Mainz, Gutenberg-Gesellschaft, (24-28).
______, 1970a, António Narciso Pozier, encadernador de Lisboa, que aprendeu o ofício em Paris no primeiro quartel do século XIX”, Arquivos do Centro Cultural Português, vol.2, (457-485).
______, 1970b, Para a história do livro em Portugal, Imprensa da universidade de Coimbra.
Pereira, Isaías da Rosa, 1964-66, “A livraria da Universidade no início do século XVI”, Arquivo de bibliografia portuguesa, 10-12, 37/48, (155-170).
______, 1976, Notas históricas acerca de Índices de livros proibidos e bibliografia sobre a Inquisição, Lisboa.
______, 1985, “Livros, livreiros e impressores na Inquisição de Lisboa nos séculos XVI e XVII” in Miscelânea de Estudos dedicados a Fernando de Melo Moser, Lisboa, FLL, (215-232).
Pimentel, António Filipe, 1989, “Bibliotecas” in José Fernandes Pereira, Dicionário da Arte Barroca em Portugal, Lisboa, Presença, (88-92).
Piwnik, Marie-Hélène, 1979, O Anónimo – Journal portugais du XVIIIe siècle (1752-1754), Paris, Centro Cultural Português, Fundação Calouste Gulbenkian.
______, 1981, “Les souscripteurs espagnols du P.Teodoro de Almeida (1722-1804)”, Bulletin des études portugaises et brésiliennes, tomo 42, (95-119).
______, 1987a, Echanges érudits dans la Péninsule Ibérique (1750-1767), Paris, Centro Cultural Português, Fundação Calouste Gulbenkian.
______, 1987b, “Lectures des élites portugaises au XVIIIe siècle d’après les annonces de librairie” in Actes du Colloque ‘Histoire du Portugal, Histoire Européenne’, Paris, Fundação Calouste Gulbenkian, (163-173).
______, 1989, “Libraires français et espagnols à Lisbonne au XVIIIe siècle” in AAVV, Livres et libraires en Espagne et au Portugal (XVIe-XXe siècles), Paris, CNRS, (81-98).
______, 1991, “Para um estudo sistemático das práticas de leitura no século XVIII em Portugal” in Congresso Internacional Portugal no século XVIII de D. João V à Revolução Francesa, Lisboa, Sociedade Portuguesa de Estudos do século XVIII, Universitária Editora, (75-79).
Pratas, Maria Manuela R.S., e Paula Ferreira Lopes, 1974, “Subsídios bibliográficos para a história do livro em Portugal” in Actas do IV Encontro dos Bibliotecários Arquivistas e Documentalistas Portugueses, Coimbra, Faculdade de Letras, (427-450).
Proença, Raul, e António Joaquim Anselmo, 1920, “Bibliografia dos incunábulos portugueses”, Anais das bibliotecas e arquivos, série 2, vol.1, (186-191).
Ramos, Luís A. de Oliveira, 1973-74, “Da aquisição de livros proibidos nos fins do século XVIII”, Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto – História, vol.4, (329-338).
______, 1981, “Os monges e os livros no século XVIII: o exemplo da Biblioteca de Tibães”, Bracara Augusta, vol.35, nº 79-80 / 92-93, (489-499).
______, 1984, “Os beneditinos e a cultura: ressonâncias da ilustração”, Revista da Faculdade de Letras – História, série 2, vol. 1, (159-186).
Rizzini, Carlos, 1946, O livro, o jornal e a tipografia no Brasil, 1500-1822, Rio de Janeiro, Livraria Kosmos.
______, 1957, Hipólito da Costa e o Correio Braziliense, São Paulo, Companhia Editora Nacional.
______, 1968, O jornalismo antes da tipografia…, São Paulo, Companhia Ed. Nacional.
Rodrigues, Graça Almeida, 1980, Breve história da censura literária em Portugal, Lisboa, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.
Ruas, João, 1995, “A encadernação: a necessidade, o engenho e a arte”, Barata, 35, Ago-Out., (23- 27).
Sampaio, Albino Forjaz de, 1932, A tipografia portuguesa no século XVI, Lisboa, ENP.
Santos, Maria de Lurdes Lima dos, 1985, “As penas de viver da pena: o mercado de livros em Portugal no século XIX”, Análise Social, 3ª série, vol. 21, nº86, (187-227).
Saraiva, José António, 1979, Bertrand, história de uma editora, Lisboa, Bertrand.
Silva, Inocêncio F. da, e Brito Aranha, 1858-1923, Diccionario Bibliographico Portuguez, 23 vols., Lisboa, Imprensa Nacional.
Silva, Maria João Marques da, 1992, “Projecto de levantamento de marcas de água em fundos antigos portugueses. Livros, manuscritos e documentos avulsos” in AAVV, O Colóquio sobre o livro antigo, Lisboa 1988, Actas, Lisboa, Biblioteca Nacional, (221-230).
Soares, Ernesto, 1951, Evolução da gravura de madeira em Portugal, séculos XV a XIX, Lisboa, Câmara Municipal.
______, 1965-66, “Estampadores e impressores”, Boletim da Academia Portuguesa de Ex.-Libris, 2ª série, vol. 10, nº 33, (173-185), nº 34, (258-262), vol.11, nº 35, (43-49), nº36, (106-114).
Viterbo, Sousa, 1916, Calígrafos e iluminadores portugueses: ensaio histórico-bibliográfico, Coimbra, Universidade.
______, 1924, O movimento tipográfico em Portugal no século XVI: apontamentos para a sua história, Coimbra, Universidade.

Tríptico do projeto aqui.

Imagens eróticas no romanceiro pan-hispânico: catalogação, análise e programação digital

 

O projeto Imagens eróticas no romanceiro pan-hispânico: catalogação, análise e programação digital, iniciado em 2022, integra a plataforma romanceiro.pt e tem como objetivo principal a análise do erotismo, implícito ou explícito, no corpus do romanceiro pan-hispânico, cujo estudo ainda não foi realizado duma forma exaustiva. 

Para este propósito, o trabalho será realizado em duas fases. Primeiramente, terá lugar uma leitura e revisão do corpus do romanceiro antigo e oral moderno a fim de identificar e catalogar as cenas e o simbolismo erótico associado a certos temas romancísticos. Em segundo lugar, será desenvolvida uma base de dados relacional SQL na qual serão organizados os materiais de forma ordenada para a posterior recolha e interpretação. Além disso, serão exploradas as possibilidades de realização de uma marcação semântica, com recurso ao standard Textual Encoding Iniciative (XML-TEI) das palavras ou expressões com sentido sexual.

Este projeto tem como ponto de partida a tese de doutoramento La imaginería en la poesía erótica de los Siglos de Oro (UCM, 2021), na qual foi realizado um comentário de perto de quinhentos e cinquenta poemas e mais de três mil imagens sexuais. Com base na abordagem teórica e metodológica aqui desenvolvida e nos resultados obtidos nesta investigação, partir-se-á para a procura de duplos sentidos sexuais no corpus do romanceiro.

Para a primeira etapa do trabalho, que será desenvolvida no IELT – NOVA FCSH e, em particular, na citada plataforma de investigação romanceiro.pt, foram fixadas três tarefas principais:

1. Revisão do corpus do romanceiro português a fim de selecionar os textos a analisar;
2.
Criação da estrutura de base de dados SQL apropriada para a organização e armazenamento dos dados a obter;
3. Alimentação da base de dados com os resultados da análise do corpus selecionado.

Imagens eróticas no romanceiro pan-hispânico: catalogação, análise e marcação digital é um projeto financiado ao abrigo de um contrato “Margarita Salas para la recualificación de jóened doctores (CT31/21)”, financiado pelo Ministério das Universidades de Espanha. O seu desenvolvimento, a cargo do investigador Álvaro Piquero e com a supervisão de Sandra Boto e Pere Ferré, investigadores responsáveis do romanceiro.pt, terá a duração de dois anos: o primeiro consiste numa estadia de investigação no IELT – NOVA FCSH, enquanto o segundo terá lugar no Departamento de Literaturas Hispânicas e Bibliografía da Universidad Complutense de Madrid.

The Golden Age of the Romancero: Echoes of traditional ballads in Medieval and Early Modern Spanish Literature

 

O principal objetivo do projeto The Golden Age of the Romancero: Echoes of traditional ballads in Medieval and Early Modern Spanish Literature (GOLDEN-Rom)* iniciado em 2021 é estudar a interpolação de romances na literatura espanhola dos séculos XV, XVI e XVII. Articula-se com o projeto Revisões literárias: aplicação criativa de romances velhos (RELIT-Rom) do IELT que visa o mesmo propósito na literatura portuguesa.

O objetivo final da associação dos projetos GOLDEN-Rom e RELIT-Rom é constituir um arquivo crítico dos testemunhos da convergência dos romances nas literaturas peninsulares entre os séculos XV e XVII e dos efeitos complexos e multifacetados produzidos pelas interpolações romancísticas nos novos contextos literários. Neste sentido, contribuirá para o conhecimento da antiga circulação erudita dos romances na Península e para uma renovada leitura das obras que integraram os versos das baladas.

GOLDEN-Rom tem como ponto de partida a coleção de 2.000 citações e alusões a romances constituída pela filóloga espanhola María Goyri, que se conserva na Fundación Ramón Menéndez Pidal. María Goyri inspirou-se no trabalho realizado por Carolina Michaëlis de Vasconcelos em Romances velhos em Portugal (publicado inicialmente entre 1907 e 1909), onde se reúnem várias centenas de referências a romances na literatura portuguesa. O inventário de Goyri permanece inédito e necessita da revisão, ampliação e atualização que o de Vasconcelos suscitou ao projeto RELIT-Rom (atualmente, este encontra-se em fase posterior da investigação). Para o efeito, GOLDEN-Rom propõe-se:

1) catalogar numa estrutura digital cada referência a romances identificada na literatura espanhola por Goyri e por especialistas posteriores;
2) analisar o uso criativo de citações e alusões a romances por escritores e músicos espanhóis dos séculos XV, XVI e XVII;
3) estudar as diferenças e semelhanças na utilização destes materiais poéticos por escritores portugueses e espanhóis, comparando os inventários de Goyri, Vasconcelos e os contributos de estudiosos posteriores. 

GOLDEN-Rom é financiado pelo programa de investigação e inovação Horizon 2020 da União Europeia, através da Bolsa Marie Skoldowska-Curie (nº 101029346). O seu desenvolvimento está a cargo do investigador Nicolás Asensio Jiménez e conta com a supervisão de Teresa Araújo, investigadora responsável pelo RELIT-Rom. Encontra-se sediado no IELT – NOVA FCSH, em virtude desta unidade desenvolver no plano internacional relevantes estudos sobre o Romanceiro.

*A Idade de Ouro do Romanceiro: ecos das baladas tradicionais na literatura espanhola medieval e moderna

VAST: Values Across Space and Time

VAST – Values Across Space and Time é um projeto de investigação europeu H2020 (Grant Agreement No 101004949) que visa percecionar valores (morais) e investigar a transformação de valores europeus fundamentais, incluindo a liberdade, democracia, igualdade, Estado de direito, tolerância, diálogo, dignidade, através do espaço e do tempo. Com base na análise e sensibilização sobre valores morais, o projeto quer contribuir para o discurso público sobre valores e compreender como os mesmos são percebidos por diferentes públicos.

O projeto tem como objetivos:
A) investigar as coleções existentes de bens imateriais (expressos em diferentes lugares e em momentos significativos da história europeia) e traçar e interligar os valores emergentes nos mesmos, em particular em três áreas: Teatro (centrado no antigo drama grego do século VI a.C.), Ciência (centrado na Revolução Científica e nos documentos de filosofia natural do século XVII) e Folclore (centrado nos contos folclóricos/contos de fadas do século XIX);
B) recolher, digitalizar e estudar como estes valores (encontrados nas narrativas) são comunicados (implícita ou explicitamente) para vários públicos;
C) recolher e digitalizar as experiências dos públicos que são destinatários destas mensagens, como espetadores de teatro, visitantes de museus e alunos/estudantes que participam em atividades educativas.

O projeto aspira a trazer os valores europeus para a vanguarda, utilizando tecnologias de ponta na criação de uma plataforma digital para facilitar a criação de conhecimento continuamente atualizado, combinando a narração de histórias com o crowdsourcing. Através desta plataforma, o projeto ajudará as indústrias culturais e artísticas a reutilizar e redirecionar este material melhorando as suas abordagens de comunicação e a revisitar os valores morais no contexto da sociedade moderna.

Através de técnicas avançadas e ferramentas digitais, o projeto estudará como o significado de valores específicos foi expresso, transformado e apropriado através do tempo, utilizando metodologias e ferramentas tais como ferramentas de anotação, análise de conteúdos, entrevistas, questionários, atividades educativas, etc. O conteúdo, a ser recolhido e digitalizado, será fornecido por académicos, investigadores e profissionais, bem como por um público mais vasto, tais como artistas, curadores, especialistas em contos, espetadores, visitantes de museus, estudantes e o público em geral.

O  projeto integra 4 investigadores pós-doc (Alba Morollon-Diaz Faes, Carla Murteira, Diogo Marques e Natasza Marrouch). A equipa é responsável pela elaboração de vários relatórios e pelo desenvolvimento de metodologias de análise textual, histórica e cultural, a serem utilizadas por todos os parceiros do projeto. Para além disso, foram recolhidos e selecionados contos para posterior análise comparada com recurso à ferramenta de anotação criada pelos investigadores e aplicada a vários materiais. Em 2021 e 2022 a equipa apresentou comunicações em eventos internacionais e submeteu papers científicos para publicação em revistas de referência.

Com início em 2019 e término em 2023, o projeto VAST é um consórcio internacional entre oito parceiros de cinco países: o Centro Nacional de Investigação Científica Demokritos (Grécia), Università degli Studi di Milano (Itália), Universidade Nacional e Kapodistrian de Atenas (Grécia), Universidade NOVA de Lisboa (Portugal), Fairytale Museum (Chipre), Semantika (Eslovénia), Museo Galileo (Itália) e o Festival Atenas & Epidaurus (Grécia). A participação portuguesa é liderada pela investigadora Sara Silva.

No âmbito do projeto já se realizaram as seguintes atividades:
A) testes e questionários online;
B) p
articipação de Diogo Marques na Conferência e Festival Internacional de Literatura Electrónica (junho, 2022);
C) P
articipação de Sara Silva em “Letra a Letra – Jornadas da Literatura Oral e Tradicional” (junho, 2022);
D) P
articipação de Sara Silva na International Society for Folk Narrative Research (ISFNR) Interim Conference (julho, 2022);
D) Primeira reunião plenária presencial do VAST (julho, 2022).

Para o futuro prevê-se:
A) Organização de cursos no âmbito da Escola de Verão NOVA FCSH;
B) P
articipação de Alba Faes no congresso “Return to Animality: theoretical perspectives, cultural approaches and artistic manifestations”;
C) E
studo experimental com biossensores;
D) P
ublicação de um paper no âmbito do projeto Odeuropa.

Bibliografia recomendada:

Ursula von der Leyen, “A Union that strives for more My agenda for Europe”, 2019 – EU President’s political guidelines.
The EU values: https://ec.europa.eu/component-library/eu/about/eu-values/.
Joe Edelman, “Human Values: A Quick Primer”, 2018.
Schwartz, Shalom. (1992). Universals in the Content and Structure of Values: Theoretical Advances and Empirical Tests in 20 Countries. 10.1016/S0065-2601(08)60281-6.
Research for CULT Committee – Teaching common values in Europe, 2017.
Promoting citizenship and the common values of freedom, tolerance and non-discrimination through education, 2017.
Council Recommendation on Common values, Inclusive Education and the European Dimension of Teaching, 22 May 2018.
Tangible and intangible Cultural Heritage, 2014.
UNESCO (2003) Convention for the safeguarding of the intangible Cultural Heritage. Paris: UNESCO.
UNESCO (n.d.) Guidelines for the Establishment of National “Living Human Treasures” Systems. Paris: UNESCO.
Henry, John, The Scientific Revolution and the Origins of Modern Science, New York: Palgrave, 2002.
Harrison, Peter, The Territories of Science and Religion, Chicago: University of Chicago Press, 2015.
Daston, Lorraine, “Attention and the Values of Nature in the Enlightenment”, in The Moral Authority of Nature, edited by Lorraine Daston and Fernando Vidal, Chicago: University of Chicago Press, 2004.
DARIAH:
https://www.dariah.eu/
CLARIN ERIC: https://www.clarin.eu/
Europeana: https://www.europeana.eu/portal/
PARTHENOS: http://www.parthenos-project.eu/
Europeana Data Model (EDM): https://pro.europeana.eu/resources/standardization-tools/edm-documentation
European Commission Report on Bringing Europe’s Cultural Heritage Online, July 2016, Progress report 2013-2015, page 43.
Gottschall, J. (2012). The Storytelling Animal: How Stories Make Us Human. Boston: Houghton Mifflin Harcourt.
CIDOC CRM:
http://www.cidoc-crm.org/.
Barthes, Roland. Camera Lucida New York: Hill and Wang, 1981.
Ricoeur, P. (1967). Husserl: An analysis of his phenomenology. Northwestern University Press.
Graham, J. and Jonathan H. “Sacred values and evil adversaries: A moral foundations approach”, APS, 2012.
Uther, H-J. Types of International Folktales: Classification and Bibliography, Helsinki: ASF, 2004.
Propp, Vladimir. Morphology of the Folktale. Austin: Texas UP, 1968.
Boyd, R. and P. Richerson. “Culture and the Evolution of Human Cooperation” Philosophical Transactions of the Royal Society (B), 2009.
Greene, J. et al. “The neural bases of cognitive conflict and control in moral judgment”. G. Neuron, Oct 14;44(2):389-400, 2004.
Haidt, J. and Joseph, C. ‘The Moral Mind: How Five Sets of Innate Intuitions Guide the Development of Many Culture-specific Virtues, and Perhaps even Modules”. The Innate Mind, 3: 367–392, 2007.
Hauser, M. Moral Minds: How Nature Designed Our Universal Sense of Right and Wrong, NY: Harper Collins, 2006.
Johnson, D. ‘Transportation into a Story Increases Empathy, Prosocial Behavior, and Perceptual Bias Toward Fearful Expressions”. Personality and Individual Differences, 52(2): 150–155, 2012.
Joyce, R. The Evolution of Morality. MIT Press, 2006.
Veugelers, W. De Groot I. & Stolk V.(2017). Research for cult committee–Teaching common values in Europe. Brussels: European Parliament, Policy Department for Structural and Cohesion Policy.
Scaltsas, T. (2018). Extended and Embodied Values and Ideas. Aristotle-Contemporary Perspectives on his Thought: On the 2400th Anniversary of Aristotle’s Birth, 167.
Kahneman, D., & Tversky, A. (2013). Choices, values, and frames. In Handbook of the fundamentals of financial decision making: Part I (pp. 269-278).
Hitlin, S., & Piliavin, J. A. (2004). Values: Reviving a dormant concept. Annu. Rev. Sociol., 30, 359-393.
Petersen, M. B., Slothuus, R., Stubager, R., & Togeby, L. (2011). Deservingness versus values in public opinion on welfare: The automaticity of the deservingness heuristic. European Journal of Political Research, 50(1), 24-52.
Rokeach, M. (1967). Value Survey Sunnyvale. California. l-lalgren Tests.
Sherif M. 1936. The Psychology of Social Norms. New York/London: Harper.
European Values Study:
https://europeanvaluesstudy.eu/.
World Values Survey http://www.worldvaluessurvey.org/wvs.jsp.
Sole, D. (2002). Sharing knowledge through storytelling. Learning Innovations Laboratories, Harvard Graduate School of Education, LILA skinny, 31402.
Haigh, C., & Hardy, P. (2011). Tell me a story—a conceptual exploration of storytelling in healthcare education. Nurse education today, 31(4), 408-411.
Biggs, J.B. (1989), “Approaches to the enhancement of tertiary teaching”, Higher Education Research and Development, Vol. 8 No. 1, pp. 7‐25.
Abrahamson, C. E. (1998). Storytelling as a pedagogical tool in higher education. Education, 118(3), 440-452.
Bergman, P. (1999). “Storytelling as a teaching tool”. Clinical excellence for nurse practitioners: the international journal of NPACE, 3(3), 154-157.
Davidhizar, R., & Lonser, G. (2003). Storytelling as a teaching technique. Nurse Educator, 28(5), 217-221.
Sugathan, S. K., & Kalid, K. S. (2009, November). An exploratory study of storytelling approach as an instructional tool from educators’ perspective. In 2009 International Conference on Computer Technology and Development (Vol. 2, pp. 480-483). IEEE.
Caminotti, E., & Gray, J. (2012). “The effectiveness of storytelling on adult learning”. Journal of Workplace Learning.
Robin, B. R. (2015). “The effective uses of digital storytelling as a teaching and learning tool”. Handbook of research on teaching literacy through the communicative and visual arts, 2, 429-440.
Barrett, H. (2006, March). “Researching and evaluating digital storytelling as a deep learning tool”. In Society for information technology & teacher education international conference (pp. 647-654). Association for the Advancement of Computing in Education (AACE).
Alismail, H. A. (2015). “Integrate Digital Storytelling in Education”. Journal of Education and Practice, 6(9), 126-129.
Sarıca, H. Ç., & Usluel, Y. K. (2016). The effect of digital storytelling on visual memory and writing skills. Computers & Education, 94, 298-309.
Engles, K., Hale, A., & Archambault, L. (2018, October). Digital Storytelling: A Communication Tool and Method for Global Education. In E-Learn: World Conference on E-Learning in Corporate, Government, Healthcare, and Higher Education (pp. 666-669). Association for the Advancement of Computing in Education (AACE).
Liguori, A., & Bakewell, L. (2019). “Digital storytelling in cultural and heritage education: A pilot study as part of the ‘DICHE’project”. Studi avanzati di educazione museale. Lezioni Advanced Studies in Museum Education. Lectures, 63.
DiBlasio, M., & DiBlasio, R. (1983). “Constructing a cultural context through museum storytelling”. Roundtable Reports, 8(3), 7-9.
Bedford, L. (2001). “Storytelling: The real work of museums”. Curator: the museum journal, 44(1), 27-34.
Taylor, E. W., & Neill, A. C. (2008). Museum education: A nonformal education perspective. Journal of Museum Education, 33(1), 23-32.
Stogner, M. B. (2011). “Communicating culture in the 21st century: The power of media-enhanced immersive storytelling”. Journal of Museum Education, 36(2), 189-198.
Hensel, W. A., & Rasco, T. L. (1992). “Storytelling as a method for teaching values and attitudes”. Academic medicine: journal of the Association of American Medical Colleges, 67(8), 500-504.
Kilpatrick, W. (1997). “Storytelling and Virtue”. Social Studies Review, 37(1), 33-35.
Evans, B. C., & Severtsen, B. M. (2001). “Storytelling as cultural assessment”. Nursing and Health Care Perspectives, 22(4), 180-180.
Rahim, H., & Rahiem, M. D. H. (2012). “The use of stories as moral education for young children”. International Journal of Social Science and Humanity, 2(6), 454.
Grammatas T, 2020. Human values and theater.
Ting-Hao Kenneth Huang, Francis Ferraro, Nasrin Mostafazadeh, Ishan Misra, Aishwarya Agrawal, Jacob Devlin, Ross Girshick, Xiaodong He, Pushmeet Kohli, Dhruv Batra, C. Lawrence Zitnick, Devi Parikh, Lucy Vanderwende, Michel Galley, Margaret Mitchell, “Visual Storytelling”. In Proceedings of the 2016 Conference of the North American Chapter of the Association for Computational Linguistics: Human Language Technologies (NAACL 2016), pp. 1233–1239, June 2016.
Kenan Malik, “The Quest for a Moral Compass, A Global History of Ethics.”, 2014.
FAIR Guiding Principles for scientific data management and stewardship, 2016.
White Paper on Artificial Intelligence, European Commission, 2020.
Eurostat, Culture statistics 2016 edition.
UNWTO Publications, Tourism and the Sustainable Development Goals – Journey to 2030, 2017.
Alexander Osterwalder, Yves Pigneur: Business Model Generation: A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers Paperback – July 13, 2010.

Tríptico do projeto aqui.

Escritoras portuguesas no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração

 

O projeto Escritoras de língua portuguesa no tempo da Ditadura Militar e do Estado Novo em Portugal, África, Ásia e países de emigração visa integrar a escrita realizada por mulheres no património literário, promovendo o conhecimento e a difusão de autoras que publicaram entre 1926 e 1974, uma vez que, mesmo no que diz respeito ao século XX, o cânone da literatura portuguesa é essencialmente masculino.

Com início a 1 de abril de 2019, o projeto partiu de um primeiro grupo de investigadoras e investigadores, de três unidades de investigação (Instituto de Estudos de Literatura e Tradição, Faces de Eva – CICS.NOVA e Le Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le monde Lusophone), com currículo na área de literatura escrita por mulheres e da história do período a que a pesquisa se reporta. Foi primeiramente subsidiado pela Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente, é suportado pelo IELT – Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (NOVA FCSH) e pelo Le Centre de Recherches Interdisciplinaires sur le monde Lusophone (CRILUS). 

Num primeiro momento, procurou-se estruturar e preencher a base de dados do projeto, ainda em construção, aberta ao público a 24 de fevereiro de 2022. Para cada escritora foi elaborada uma ficha que contempla os seguintes campos: nome completo, nome autoral, pseudónimo(s), elementos biográficos, obra publicada (títulos, géneros literários, fortuna editorial, traduções), prémios, atividade como tradutora, colaboração em publicações periódicas, colaboração em publicações coletivas, bibliografia passiva, entrevistas, referências em histórias da literatura, dicionários literários ou outros, links, ligação a movimentos literários, relação com movimentos feministas e sociabilidades. Sublinhe-se que estes elementos, mesmo quando relativos a escritoras com visibilidade, não estão disponíveis em bases de dados, dicionários literários e enciclopédias, com exceção de alguns casos. Além disso, apesar de existirem bases de dados internacionais sobre a literatura escrita por mulheres, não se encontra nenhum projeto semelhante relativamente às escritoras de língua portuguesa que escreveram entre 1926 e 1974.

Foram organizados vários colóquios não só para divulgar os resultados obtidos, mas também para captar novos trabalhos. Hoje em dia o projeto está a ser progressivamente alargado a novos membros de diferentes nacionalidades. De 1 de fevereiro de 2021 a 30 de maio de 2022, o projeto contou com uma bolseira de mestrado.

O projeto tem como principais objetivos:

1. Criar e desenvolver uma base de dados, online, de acesso aberto, que catalogue e análise a produção literária das autoras no período da Ditadura Militar e do Estado Novo, preenchendo uma ficha individual, com diferentes campos;
2. Elaborar uma lista exaustiva de escritoras que, entre os anos de 1926 e 1974, tenham publicado livros de prosa, poesia, teatro, incluindo diários, memórias, biografias e autobiografias, recorrendo a fontes diversas;
3. Preencher uma ficha individual para cada autora identificada, recorrendo a membros do projeto e a especialistas, com diferentes campos que incluem dados biográficos, bibliográficos e outros elementos de contextualização da sua obra;
4. Estudar a receção nacional e internacional das escritoras referenciadas, procurando identificar os casos de silenciamento e de exclusão;
5. Identificar sociabilidades literárias tanto a nível nacional como internacional;
6. Promover a colaboração entre investigadores e investigadoras de diferentes centros de investigação nacionais e estrangeiros, com vista à troca de experiências e de métodos de trabalho;
7. Internacionalizar o trabalho de pesquisa realizado em Portugal;
8. Realizar colóquios internacionais com vista à partilha dos dados obtidos, procurando captar outros trabalhos relacionados com o presente projeto.

Dada a pouca representação das mulheres escritoras nas histórias da literatura e dicionários literários, tem sido necessário fazer um trabalho de pesquisa na Biblioteca Nacional e Bibliotecas Municipais, o que inclui estudar fontes da época, nomeadamente suplementos literários de jornais e revistas especializadas. Tem estado a ser feita uma revisão de toda a bibliografia existente, incluindo os dicionários de mulheres elaborados pela equipa de investigação Faces de Eva, bem como teses de mestrado e de doutoramento. A investigação decorre muito lentamente, uma vez que todos os elementos estão dispersos.

A equipa do projeto é constituída por:

Teresa Sousa de Almeida, Coordenadora Principal, Prof. Associada Reformada (IELT – NOVA FCSH)
Graça dos Santos, Coordenadora Adjunta, Prof. Catedrática, Paris Nanterre (CRILUS.UR Études Romanes)
Isabel Henriques de Jesus, Coordenadora Adjunta, Prof. Adjunta Reformada (Faces de Eva CICS.NOVA)
José Manuel Esteves, Investigador, Prof. Cátedra Lindley Cintra de Camões (Université Paris Nanterre, CRILUS.UR Études Romanes)
Gonçalo Cordeiro, Investigador (Université Paris Nanterre, CRILUS.UR Études Romanes)
João Esteves, Investigador e Consultor, Prof. do Ensino Secundário (Faces de Eva CICS.NOVA)
Catarina Inverno, Investigadora, Prof. do Ensino Secundário (Faces de Eva CICS.NOVA)
Ana Ribeiro, Investigadora (Faces de Eva CICS.NOVA)
Ana Mota, Investigadora (Faces de Eva CICS.NOVA)
Susana Maria Antunes (University of Wisconsin-Millwalkee/IELT – NOVA FCSH)

São inventariantes da base de dados: 

Adília Carvalho (Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa/Université Sorbonne Nouvelle Paris)
Alda Lentina (Dalarna University)
Ana Mota (Faces de Eva. CICS.NOVA)
Ana Ribeiro (Faces de Eva. CICS.NOVA)
Ana Sofia Sampaio Rodrigues (Investigadora independente)
Beatriz Silva (Mestranda na NOVA FCSH)
Cláudia Sousa Pereira (Universidade de Évora)
Cristiana Oliveira (Mestranda na Universidade de Évora)
Daniela Spina (Università di Verona/Centro de Estudos Comparatistas)
Eleonor Castilho (Grupo de Estudos Maria Cecília Correia)
Evelyn Mello (Centro Paula Souza – ETEC Paulino Botelho)
Fabio Mario da Silva (Professor Adjunto Universidade Federal Rural de Pernambuco)
Fernando Curopos (Professor catedrático, Universidade Sorbonne Nouvelle)
Isabel Henriques de Jesus (Faces de Eva. CICS.NOVA)
José Manuel da Costa Esteves (Cátedra Lindley Cintra de Camões, Paris Nanterre)
Mariana Branco (Mestranda na NOVA FCSH)
Marina Bertrand (Doutoranda Université Paris Nanterre)
Micheline Medeiros (Mestranda na NOVA FCSH)
Natividade Monteiro (Centro HTC – História, Território e Comunidades da NOVA)
Patrícia Anzini – (Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica Portuguesa)
Raquel Sabino (Mestranda na Universidade de Évora. Bolseira de Investigação do IELT – NOVA FCSH)
Rui Lopo (Instituto de Filosofia Luso-Brasileira)
Ruth Navas (Professora da Escola Secundária Liceu Camões)
Sara Barbosa (Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa)
Teresa Sousa de Almeida (IELT NOVA FCSH)
Violante Magalhães (ESE João de Deus, Lisboa/ Centro de Estudos Comparatistas)
Viviane Madeira (Doutorada Universidade de São Paulo)

Já se realizaram os seguintes eventos e publicações:

Ver/Rever a Escrita de Mulheres em Portugal (1926-1974), 5 e 6 de março de 2020 (Colégio Almada Negreiros – Campus de Campolide da NOVA FCSH);
Voir/Revoir l’écriture de femmes au Portugal (1926-1974), 9 de outubro de 2020 (Université Paris Nanterre);
Maria Judite de Carvalho: les frontières de l’humain  face aux débris du monde, 15 de março de 2021 (Université Paris Nanterre);
Maria Archer: reflexos e reflexões, 24 de janeiro de 2022 (Biblioteca Nacional de Portugal);
2ème Journée d’étude Femmes écrivaines portugaises pendant la Dictature Militaire et l’État Nouveau, (1926-1974), 24 de fevereiro de 2022 (Université Paris Nanterre);
Almeida, Teresa Sousa de. (2019). “Capelinhas e candeias acesas: Natália Nunes e a reflexão sobre o universo da arte”. Faces de Eva. Estudos sobre a Mulher, (42), 67-83.

Bibliografia recomendada:

Owen, Hilary e Alonso, Cláudia, 2011. Antigone’s Daughters? – Gender, Genealogy, and the Politics of Authorship in 20th-Century Portuguese Women’s Writing. Plymouth: Bucknell University Press.
Magalhães, Isabel Allegro, 1987. O tempo das mulheres – a dimensão temporal na escrita feminina contemporânea. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda.
Edfeldt, Chatarina, 2006. Uma história na História: representações da autoria feminina na história da literatura portuguesa do século XX. Montijo: Câmara Municipal do Montijo.
Ferreira, Ana Paula, 2000. A urgência de contar. Contos de Mulheres dos anos 40. Lisboa: Caminho, 2000.
Morão Paula, 2016, “Lembrar, esquecer – Algumas causas, alguns casos”, Maria Graciete Besse, Maria Araújo da Silva (org), Femmes oubliées dans les arts et les lettres au Portugal. Indigo & Côtés Femmes.

Tríptico do projeto aqui.

Espectralidade: Literatura e Artes

 

A missão do projeto Espectralidade: Literatura e Artes é investigar as configurações da espectralidade no cruzamento entre diversos meios de representação

O projeto surgiu do cruzamento de dois movimentos: a criação de um projeto sobre Arte, Media e Espectralidade envolvendo vários membros da equipa do projeto e apresentado à FCT em 2020 e a conceção de um seminário do Mestrado em Estudos Portugueses intitulado “O Fantasma Inquilino” sobre autores portugueses e brasileiros. A convergência e a heterogeneidade destes dois movimentos de pesquisa levaram-nos a criar uma plataforma mais ampla de investigação do tema da Espectralidade em que Literatura e Artes funcionassem de forma integrada.

Os objetivos são:

– Criar condições para que o desenvolvimento das diferentes linhas de pesquisa do projeto, feito com autonomia (em pesquisa individual ou por pequenos grupos), possa ser partilhado e discutido pela equipa através do seminário permanente, que funcionará como laboratório de pesquisa;
– Apresentar os resultados da pesquisa em pequenos colóquios temáticos, organizados com regularidade;
– Envolver investigadores em formação nas atividades do laboratório e em grupos de discussão.

A equipa do projeto é composta pelos investigadores Abel Barros Baptista (investigador responsável), Clara Rowland, Joana Matos Frias, José Bértolo, Amândio Reis, Humberto Brito, Fernando Cabral Martins, Pedro Sepúlveda, Joana Meirim, Joana Mello e Margarida Medeiros.

A espectralidade e a hipótese de um “spectral turn” têm sido objeto de estudo ao longo das últimas décadas sobretudo nos estudos fílmicos, nos estudos de média e na teoria da arte. No entanto, estas explorações são habitualmente desenvolvidas no âmbito de campos de estudo e quadros teóricos específicos e isolados, o que limita o seu alcance. O presente projeto parte da conexão entre literatura e arte para poder trabalhar a questão espectral de forma ampla e transversal.

Tríptico do projeto aqui.

Garrettonline

 

Garrettonline propõe-se disponibilizar a edição crítico-genética digital do Romanceiro de Almeida Garrett, recorrendo a manuscritos autógrafos e ampliando o corpus do editor romântico.

O projeto de editar digitalmente o Romanceiro de Almeida Garrett (1799-1854) teve início em 2013, após uma longa etapa prévia de estudo e análise de todos os testemunhos conhecidos referentes a esta obra legados pelo poeta romântico português. A par das coleções impressas de romances que publicou em vida e das versões, completas ou fragmentárias, estampadas em obras de teatro ou em prosa da sua autoria, Garrett legou um espólio manuscrito abundante (essencialmente constituído por autógrafos), disperso por distintos núcleos documentais localizados em Portugal.

Efetivamente, tanto as características da recensio como o estudo do processo compositivo de cada um dos romances elaborados por Almeida Garrett revelaram uma obra com algumas características peculiares que se podem simplificar do seguinte modo:

1. necessariamente inacabada;
2. materialmente dispersa;
3. composta por poemas narrativos em estádios de elaboração radicalmente distintos e que mantêm relações bastante heterogéneas com as suas fontes, que vão desde a mera tradução criativa de romances de autoria alheia, passando pela recriação romântica da própria lavra de Garrett, e ainda por versões de romances consideravelmente próximas da conjetural tradição oral do século XIX.

Tamanha heterogeneidade obedece a um propósito comum de legitimação e imposição da poesia dita “popular” portuguesa no quadro ibérico, que Almeida Garrett procurou elevar ao mais alto nível, afinal como mais uma das múltiplas faces do se programa estético romântico-nacionalista.

Somando às características do corpus garrettiano os objetivos ambiciosos da própria edição em curso, o digital impôs-se como a única forma viável de “representar” editorialmente esta obra (embora assumindo os conhecidos riscos da instabilidade associada à materialidade digital). Com efeito, parece ser consensual que o conceito de “arquivo” associado aos desígnios das Humanidades Digitais surge hoje significativamente ampliado e como elemento potenciador dos estudos filológicos em geral e das edições críticas em particular.

A edição crítica digital que aqui será disponibilizada futuramente nasceu com um projeto de pós-doutoramento apoiado diretamente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia através da concessão de uma bolsa individual em Estudos Literários (2013-2019), contando, desde 2019, com o apoio financeiro de um Projeto de Investigação nos domínios da Língua e Cultura Portuguesas da Fundação Calouste Gulbenkian. A presente edição crítico-genética do Romanceiro de Almeida Garrett tem como objetivos:

– Reproduzir, recorrendo à reconstrução ope ingenii, o último plano editorial conhecido de Garrett para o Romanceiro, que se encontra plasmado na p. XLV da “Introdução” ao II tomo do Romanceiro, em 1851, do qual o escritor só chegou a publicar os dois primeiros livros;
– Proporcionar textos rigorosamente estabelecidos, desígnio que se entende não dever ser exclusivo das edições críticas hiperespecializadas e ainda pouco comuns no espaço cibernético.

A partir da adoção do conceito já longínquo, mas sempre eficaz de “lectura asistida” formulado por Pedro Sánchez-Prieto Borja (2003), possibilitar-se-á ao leitor a escolha entre diversos níveis de leitura, o que converge com a ideia de que a edição pode ser dirigida a vários tipos de leitor. Trata-se de um desiderato que a edição crítica em papel não pode assumir, devido às intrínsecas limitações tecnológicas associadas à sua própria materialidade.

A edificação de edições-arquivo é rara no contexto da tradição filológica portuguesa. Esta edição crítico-genética assenta nesse conceito, mune-se de diferentes ferramentas do âmbito da filologia digital e pretende funcionar como um modelo a replicar noutras obras clássicas do património literário português.

O projeto contou com financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian (2019-2021), do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (2014-2020), do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (2020 -) e do Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual da FCT [CEECIND/00058/2018].

A equipa do projeto é constituída por Sandra Boto (investigadora responsável), Pere Ferré, Juan Manuel Escribano, Bruno Ministro, Isa Mestre e Maria Helena Santama (consultora). Entre os parceiros estão o Centro de Investigação em Artes e Comunicação, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Fundación Ramón Menéndez Pidal.

Publicações produzidas no âmbito do projeto:

Boto, Sandra (2019). “O Espólio Literário de Almeida Garrett: notas em torno dos Documentos 59 a 63 da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e da Coleção Futscher Pereira”. Revista Internacional de Língua Portuguesa Série IV 36 (2019).

Boto, Sandra (2019). “La collatio semiautomática al servicio de la edición del Romanceiro de Almeida Garrett”. In PRAGMÁTICA Y METODOLOGÍAS PARA EL ESTUDIO DE LA POESÍA MEDIEVAL, editado por Josep Lluis Martos; Natalia A. Mangas, 115-126. Alacant, Espanha: Universitat d’Alacant, 2019

Boto, Sandra (2018). “A filologia digital em discussão: o caso da edição do Romanceiro de Almeida Garrett”. In Digital Culture – a State of the Art, editado por Boto, Sandra; Tavares, Mirian. Coimbra, Portugal: Rui Grácio Editor, 2018

Boto, Sandra (2016). “Algumas notas sobre “o sapo negro” no âmbito da ‘edição crítica das obras completas de Almeida Garrett'”

Boto, Sandra (2015). “Almeida Garrett e a tradição antiga”. In Miscelánea de estudios sobre el romancero. Homenaje a Giuseppe Di Stefano, editado por Pere Ferré; Ana Valenciano; Pedro Piñero Ramírez, 95-118. Sevilla, Espanha: Editorial Universidad de Sevilla, 2015     

Bibliografia recomendada:

Boto, Sandra (2018). “A filologia digital em discussão: o caso da edição do Romanceiro de Almeida Garrett”. In Digital Culture – a State of the Art, editado por Boto, Sandra; Tavares, Mirian. Coimbra, Portugal: Rui Grácio Editor, 2018

Tríptico do projeto aqui.

Romanceiro.pt

 

Romanceiro.pt é uma plataforma digital que tem como missão acolher vários projetos de estudo e disseminação da balada ibérica em Língua Portuguesa.

Na sua génese, o Arquivo do Romanceiro Português alberga dois núcleos documentais: o Arquivo do Instituto de Estudos sobre o Romanceiro Velho e Tradicional. Versões Inéditas, constituído pelo arquivo sonoro do Romanceiro e suas transcrições em papel, e o Arquivo Geral do Romanceiro Português. Versões editadas (1828-2000), constituído por versões em papel. Atualmente, acolhe cerca de 6.000 versões de romances de tradição oral moderna portuguesa publicadas entre o século XIX e o século XXI e mais de 3.500 versões inéditas em 660 horas de gravação, fruto de recolhas levadas a cabo em território nacional desde 1980. No total, disponibilizam-se perto de 10.000 versões de romances, em suporte de ficheiro de imagem e/ou sonoro.

Em 2013 iniciou-se o processo de digitalização dos núcleos documentais do Arquivo do Romanceiro Português, ao abrigo do projeto “O Arquivo do Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna (1828-2010): sua preservação e difusão”. Através de uma parceria entre a Fundação Manuel Viegas Guerreiro e o Centro de Investigação em Artes e Comunicação, e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do “Concurso de Recuperação, Tratamento e Organização de Acervos Documentais” (2013), pode finalmente dar-se um passo decisivo na salvaguarda e promoção do Arquivo do Romanceiro Português.

Com a disponibilização deste arquivo em rede, tornou-se acessível tanto ao público especialista como ao grande público um conjunto de grande valor cultural, que alberga perto de 14.000 imagens de documentos de grande relevo no âmbito da literatura patrimonial portuguesa.

Em 2017, a plataforma Romanceiro.pt ganhou a identidade visual que tem atualmente e em 2018 foi apresentada a nova versão da base de dados que constitui o primeiro passo para a constituição do Arquivo do Romanceiro em Língua Portuguesa, desiderato que o projeto assume a partir de agora. Na fase atual de desenvolvimento, o projeto visa os seguintes objetivos:

  1. Ampliação e atualização do corpus romancístico do Arquivo do Romanceiro Tradicional em Língua Portuguesa, com especial ênfase na tradição oral brasileira;
  2. Implementação de novas metodologias filológicas e de edição da poesia tradicional;
  3. Investigação com vista à implementação de uma experiência de navegação mais intuitiva nas bases de dados alojadas;
  4. Preservação e curadoria dos dados gerados e estudo de formas de interoperabilidade com plataformas conexas;
  5. Difusão do conhecimento gerado junto da comunidade científica e do público em geral acerca do Romanceiro Tradicional.

O projeto tem como coordenador Pere Ferré e como responsável científica Sandra Boto. A equipa conta ainda comJuan Manuel Escribano, Mirian Tavares, Bruno Belmonte, Ana Luísa Lauria, Teresa Araújo, Alvanita Almeida, Ana Sirgado and Álvaro Piquero. A equipa inclui especialistas da área da informática, da comunicação de ciência, das ciências da informação e da filologia, que atuam nas diferentes vertentes enunciadas nos objetivos, desenvolvendo as tarefas, materiais ou consultoria previstos.

Portugal foi o primeiro país a possuir um grande inventário de uma tradição baladística, e com ele novas metodologias filológicas têm vindo a ser esboçadas, em trabalhos académicos de mestrado e doutoramento, nacionais e internacionais. Na realidade, a consulta dos arquivos que romanceiro.pt acolhe contribui para uma visão sistemática e organizada desta forma poética em Portugal, mas também na compreensão da baladística como fenómeno universal. Romanceiro.pt transforma, deste modo, a tradição oral portuguesa na rama do romanceiro pan-hispânico melhor representada digitalmente, tanto do ponto de vista do acesso às versões como de metodologias e ferramentas de trabalho do âmbito da filologia digital.

O projeto conta com o financiamento da Fundação Calouste Gulbenkian (2013-2014), do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (2014-2020), do Instituto de Estudos de Literatura e Tradição (2020-) e do Concurso Estímulo ao Emprego Científico Individual da FCT [CEECIND/00058/2018]. Tem ainda como parceiro a Fundação Manuel Viegas Guerreiro.

Publicações no âmbito do projeto:

Boto, Sandra e Bruno Belmonte (2020), “O Romanceiro ibérico no Brasil: um património da Língua Portuguesa em ambiente digital”, Journal of Digital Media & Interaction, vol. 3, No. 7, (2020), pp. 161-177.

Boto, Sandra (2019), “Os nacionalismos ibéricos nos estudos sobre o romanceiro tradicional” en Cristina Martínez Tejero y Santiago Pérez Isasi (eds.), Perspetivas críticas sobre os estudos ibéricos, Biblioteca Rassegna iberística, Venezia, Edizioni Ca’Foscari, pp. 153-173. DOI 10.30687/978-88-6969-323-6/006

Boto, Sandra (2017). “O subsídio de José Pedro Martins Barata para a divulgação do Romanceiro Português”. Portugal: Colibri. Associação Cultural de Montalvão “Vamos à Vila”,

Boto, Sandra (2016). “Para a história da edição do romanceiro no Algarve: protagonistas, textos, suportes e uma falsa questão”. In Promontoria Monográfica História do Algarve 03. Apontamentos para a História das Culturas de Escrita: da Idade do Ferro à Era Digital, 313-334. Portugal: Centro de Estudos em Património, Paisagem e Construção.

Boto, Sandra; Ferré, Pere; Tavares, Mirian (2014). “Projeto “O arquivo do romanceiro português da tradição oral moderna (1828-2010): sua preservação e difusão”” Actas das VII Jornadas de Investigação do CIAC. Faro, Portugal: CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação.

Bibliografia recomendada:

Boto, Sandra e Bruno Belmonte (2020), “O Romanceiro ibérico no Brasil: um património da Língua Portuguesa em ambiente digital”, Journal of Digital Media & Interaction, vol. 3, No. 7, (2020), pp. 161-177.

Boto, Sandra; Ferré, Pere; Tavares, Mirian (2014). “Projeto “O arquivo do romanceiro português da tradição oral moderna (1828-2010): sua preservação e difusão”” Actas das VII Jornadas de Investigação do CIAC. Faro, Portugal: CIAC – Centro de Investigação em Artes e Comunicação.

Ferré, Pere (2000, 2001, 2003 e 2004), Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna. Versões publicadas entre 1828 e 1960, vol. I a IV, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Ferré, Pere e Cristina Carinhas (2000), Bibliografia do Romanceiro Português da Tradição Oral Moderna (1828-2000), Madrid, Instituto Universitario Seminario Menéndezn Pidal, Universidad Complutense de Madrid.

Tríptico do projeto aqui.

Ruy Cinatti, etnógrafo e poeta

 

O projeto Ruy Cinatti, etnógrafo e poeta tem como missão estudar e divulgar o trabalho de Ruy Cinatti, articulando a sua investigação etnográfica, em Timor Português, com os vetores da sua criação literária que se cruzam com a sua experiência pessoal da tradição oral timorense.

O projeto surge do conhecimento do espólio inédito de Ruy Cinatti, por parte de Lúcio Sousa, investigador responsável do projeto, identificado aquando de pesquisa prévia na área da antropologia/etnografia. Este tem como objetivos:

1. Identificação, transcrição e tradução para o português de recolhas realizadas por Ruy Cinatti em Timor Português nos anos cinquenta e sessenta do século XX;
2. Edição de livro comentado sobre recolhas de tradição oral Kemak e Bunak, em português, efetuado pelo autor, cruzando esta com a sua produção de cariz literária, sobretudo poesia sobre Timor;
3. Redação de artigos a submeter a revistas da especialidade;
4. Realização de dois seminários: um em Díli e outro em Lisboa.

A equipa é composta por investigadores de várias áreas disciplinares, permitindo assim convocar metodologias das áreas da antropologia/etnografia e da literatura. Será efetuado trabalho de arquivo, recolha de testemunhos e pesquisa etnográfica em Timor Leste.

O projeto diferencia-se pelo (1) corpus a trabalhar, ainda inédito e que terá de ser transcrito e, em alguns casos, traduzido para português e (2) pelo caráter inter e multidisciplinar do estudo, cruzando etnografia e literatura. É financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do Programa Gulbenkian de Língua e Cultura Portuguesas até 30 de setembro de 2021.

A equipa é composta por: Lúcio Sousa (Investigador responsável – Universidade Aberta, IELT – NOVA FCSH), Isabel Barros Dias (Universidade Aberta, IELT – NOVA FCSH), Paula Mendes Coelho (Universidade Aberta, CEC-FLUL, IELT – NOVA FCSH), Vicente Paulino (Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da Universidade Nacional Timor Lorosa’, CEMRI – UAb), Irta Araújo (Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da Universidade Nacional Timor Lorosa’) e Keu Apoema (Universidade Federal do Sul da Bahia).

O projeto tem como parceiros o Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI – UAb) e a Unidade de Produção e Disseminação do Conhecimento do Programa de Pós-Graduação e Pesquisa da Universidade Nacional de Timor Lorosae (UNTL).

Publicações do projeto:
Dias, I. (2023). Poética Medieval galego-portuguesa revisitada em Um cancioneiro para Timor, de Ruy Cinatti.  In A. Machado (Coord.). Medievalismo literário português em contexto europeu (pp.119-146). Imprensa da Universidade de Coimbra. http://monographs.uc.pt/iuc/catalog/book/410

Apoema, K., Vicente, P. & Sousa, L. (Org.). (2021) Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste. Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 162p. https://2020.tlsa.pt/images/uploads/volume3.pdf 

Apoema, K. (2021). Eu, um homem como o timorense: a construção de um percurso etnográfico e poético no território do sagrado. In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.147-162). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 

Araújo, I. (2021). Timorense, homem como “eu” numa hermenêutica cinattiana. In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.91-109). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 

Dias, I. (2021). Em diálogo com “O Timorense”: Um Cancioneiro para Timor, ponte poética entre o oriente e o ocidente.  In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.111-125). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT. 

Paulino, V. e Gomes, N (2021). Ruy Cinatti em Fohorem, o livro sacralizado e o pacto de sangue.  In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.67-89). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT.

Sousa, L. (2021). Ruy Cinatti e Timor: a tese (in) acabada em antropologia. In K. Apoema, V. Paulino & L. Sousa (Orgs).  Estudos etnográficos de Ruy Cinatti em Timor-Leste (pp.127-145). Vol. III. das Atas do 1º Colóquio da TLSA PT –Timor-Leste: A Ilha e o Mundo. TLSA PT.

Sousa, L. (2020) Cinatti, Ruy; Almeida, Leopoldo de; Mendes, Sousa (1987), Arquitectura timorense. e-cadernos CES [Online], 33 | 2020. 142-148. DOI: https://doi.org/10.4000/eces.5328 

Bibliografia recomendada:
Castelo, C. (2017). “A abertura de ‘Timor Português’ à antropologia social no colonialismo tardio: o papel de Ruy Cinatti”. Anuário Antropológico, 17. p.83-107.

Castelo, C. (2017a). “Ruy Cinatti, the French–Portuguese Mission and the construct of East Timor as an ethnographic site”. History and Anthropology. Volume 28, 2017 – Issue 5. p. 630-652.

Cinatti, R. (1996). Um Cancioneiro para Timor. Lisboa: Editorial Presença.

Cinatti, R. (1996). Paisagens Timorenses com Vultos. Lisboa: Relógio de Água Editores.

Cinatti, R. (1987). Motivos Artísticos Timorenses e a sua Integração. Lisboa: IICN – Museu de Etnologia.

Frias, J.M. (2016) Prefácio. In Ruy Cinatti – Obra Poética – Livro 1. Lisboa: Assírio e Alvim.

Frias, J. (2006). Retórica da Imagem e Poética Imagista na Poesia de Ruy Cinatti. Tese de Doutoramento. FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Frias, J. (2011). “Olhos novos para contemplar mundos novos”: Corografias de Ruy Cinatti. Cadernos De Literatura Comparada, (24/25).

Frias, J.  (2018). O murmúrio das imagens. Vol.2: Modos de ver [em] Ruy Cinatti. Porto : Afrontamento.

Maynard, K. Cahnmann-Taylor, M. (2010). “Anthropology at the Edge of Words: Where Poetry and Ethnography Meet”. Anthropology and Humanism, Vol. 35, Issue 1, p 2–19.

Oliveira, S.P.; Pereira, P.R. e Menezes, R.B. (2016). Para que a vida seja palavra. Dossiê Ruy Cinatti. Tamanha Poesia. Volume 1 | número 1 | jan-jun/2016.

Paulino, V.& Apoema, K. (2013). Tradições Orais de Timor Leste. Díli: Casa Apoema e Unidade de Produção e Disseminação do Conhecimento/Programa de Pós-graduação e Pesquisa da UNTL.

Ribeiro, M. (1993). Ruy Cinatti – em trânsito. Tese de Mestrado. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa.

Sousa, L. (2010). An tia: partilha ritual e organização social entre os Bunak de Lamak Hitu – Timor-Leste. Tese de Doutoramento. Lisboa: Universidade Aberta.

Stilwell, P. (1995). A condição humana em Ruy Cinatti. Lisboa: Presença.

Stilwell, P. (2001). “O Timor de Ruy Cinatti”. Revista Camões, nº 14 (Timor Lorosa’e), julho-setembro 2001.

[Imagem: Espólio Ruy Cinatti, Biblioteca Universitária João Paulo II, Universidade Católica Portuguesa]

Tríptico do projeto aqui.